Saiba o que é Clean Code e como ele pode ajudar profissionais de programação a criarem códigos mais fáceis de serem compreendidos!
O conceito de Clean Code é bastante discutido no desenvolvimento de software. Basicamente, representa uma abordagem que foca em tornar o código mais expressivo, legível e fácil de manter.
Profissionais e empresas que investem nele ficam bem-preparados para lidar com mudanças, bugs e aprimoramentos. Afinal, ele ajuda a garantir um produto de alta qualidade e com vida útil longa.
Portanto, elaboramos este artigo, que explora os principais pontos sobre o assunto para que você possa aplicá-lo com sucesso na sua rotina de trabalho. Continue a leitura!
O que é Clean Code?
Trata-se de um estilo de codificação focado em escrever códigos que sejam facilmente entendidos por outras pessoas, tornando o trabalho colaborativo mais eficiente e a manutenção do sistema mais simples.
Em um contexto de arquitetura e design de software, um código limpo é aquele que é intuitivo e direto, com pouca ou nenhuma ambiguidade.
Isso é fundamental para empresas que lidam com Virtual Private Server (VPS) e Cloud Hosting. Nestes ambientes, a eficiência e a clareza são essenciais para lidar com diferentes cargas de trabalho, garantindo a estabilidade do sistema.
Quando surgiu o termo Clean Code?
O conceito ganhou popularidade com a publicação do livro Clean Code: A Handbook of Agile Software Craftsmanship, escrito por Robert C. Martin em 2008. Conhecido como Uncle Bob, o autor é uma referência no campo do desenvolvimento de software.
A obra apresentou diretrizes e uma abordagem prática para o que ele chama de craftsmanship (habilidade artesanal). Nesse sentido, Martin considera que escrever código é comparável a um ofício que exige técnica, cuidado e aprimoramento contínuo.
Para que serve o Clean Code?
A prática é útil para tornar o código acessível e compreensível. Conforme comentamos anteriormente, isso é essencial para equipes de desenvolvimento.
Muitas vezes, um profissional pode sair de um projeto e alguém assumir as responsabilidades no lugar. Se o projeto estiver confuso e complexo, a nova pessoa programadora levará muito mais tempo para compreendê-lo, aumentando os custos de manutenção e os riscos de erros.
Por que aprender o Clean Code e qual é a sua importância?
Dominar esse conceito não é apenas uma questão de melhorar o design e a arquitetura de software. Essa prática potencializa o desempenho das equipes de desenvolvimento e, assim, contribui para a entrega de produtos mais confiáveis.
Sempre importante lembrar: um código limpo permite encontrar e corrigir erros rapidamente, facilita a adição de novas funcionalidades e eleva a qualidade dos projetos.
Além disso, essa prática está ligada a conceitos como o de Clean Architecture, que visa projetar sistemas robustos e, ao mesmo tempo, flexíveis.
Nesse sentido, ambos caminham juntos para garantir uma estrutura de software organizada, que suporte mudanças com o mínimo de impacto negativo.
Quais são os princípios fundamentais do Clean Code?
Existem diversos preceitos que ajudam a escrever códigos mais claros e fáceis de manter. Vamos explorar os principais nos tópicos a seguir.
Nomenclatura clara e significativa
Este é o primeiro passo. Um nome bem escolhido para variáveis, funções e classes faz com que o código seja autoexplicativo. Alguns exemplos de boas práticas e erros comuns incluem:
- Certo: calcularTotalComDesconto()
- Errado: calcTotal()
Além disso, seguir convenções de nomenclatura, como usar o padrão CamelCase para variáveis em JavaScript, PHP, C# e Java (e.g., minhaVariavel), PascalCase para classes (e.g MinhaClasse) ou o padrão snake_case em Python (e.g., minha_variavel) ajuda na consistência e no entendimento.
Código mais limpo do que estava antes
Este é um princípio que incentiva a prática de otimizar o código cada vez que alguém precisa trabalhar nele.
Ao corrigir um bug ou adicionar uma funcionalidade, o ideal é limpar trechos que estão confusos, melhorar comentários ou renomear variáveis para nomes bem descritivos.
Isso garante que, gradualmente, o código se torne mais fácil de entender para quem está participando do trabalho.
Funções pequenas e concisas
Elas são mais fáceis de ler, entender e testar. Cada uma deve ter uma única responsabilidade e fazer apenas uma tarefa específica. Ao evitar funções longas e complexas, é possível manter o código organizado, além de reduzir a possibilidade de erros.
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Encapsulamento de condições
Essa é uma prática a ser considerada, pois condicionais complexas tornam o código difícil de entender e manter. Um exemplo comum é quando temos um bloco de if-else aninhado.
Uma dica importante: encapsular essas condições em funções com nomes descritivos torna o código mais legível. Confira exemplos de como se comportar:
- Certo: if (usuarioPossuiPermissao())
- Errado: if (usuario.permissoes.includes(‘ADMIN’) && usuario.idade >= 18)
No exemplo correto, a função usuarioPossuiPermissao() encapsula a condição e permite uma leitura mais direta. Já no incorreto, temos uma condição extensa diretamente no código.
Evitar estruturas de controle complexas
Aninhamentos profundos de if, for, while e switch tornam o código mais difícil de seguir. Uma abordagem recomendada é simplificar as estruturas e, sempre que possível, dividir em funções menores.
Evitar repetição de código
O princípio Don’t Repeat Yourself (DRY) incentiva profissionais de desenvolvimento a evitar repetições. Afinal, duplicar o código dificulta a manutenção, pois, ao modificar um trecho, é necessário alterar todas as cópias dele. Para evitar cair neste problema, a melhor prática é criar funções reutilizáveis.
Apenas comentários descritivos e necessários
Comentários devem ser usados com moderação e somente para explicar partes do código que não são intuitivas. Por exemplo:
- Desnecessário: // incrementa a variável i em 1
- Necessário: // calcula a média dos valores fornecidos
Testes limpos
Os testes também devem ser claros e legíveis. Isso ajuda na detecção rápida de erros e assegura que cada parte esteja funcionando conforme o esperado. Usar nomes descritivos para as funções de teste é essencial, pois facilita a leitura e o entendimento dos resultados.
Tratamento de erros
Um código limpo lida com problemas de forma previsível. Em vez de permitir que erros tragam falhas graves ao sistema, o melhor é prever e tratar exceções.
Por exemplo, ao lidar com APIs em um servidor VPS ou em ambientes de Cloud Hosting, ele deve considerar a possibilidade de falha de conexão com quem está provendo a API.
Nesse sentido, é importante tratar o erro para informar o usuário ou registrar para análise posterior.
Conclusão
Escrever Clean Code não é apenas uma técnica. É um compromisso com a qualidade, a eficiência e a colaboração no desenvolvimento de software.
Ao aplicar os seus princípios, como nomenclatura clara, encapsulamento de condições e tratamento de erros, você melhora o seu código e facilita a manutenção dele.
Lembre-se: demais profissionais podem ter acesso ao seu trabalho no futuro e precisam entender de forma simples e clara o que foi criado!