Por Equipe Locaweb

Identificar o estágio de maturidade da empresa ajuda o gestor a definir prioridades e a se preparar para os desafios que virão pela frente. E já se sabe que passar por cada uma dessas etapas com segurança e determinação é fundamental para um projeto de crescimento. 

Além disso, quando os estágios são ignorados, é muito comum que empreendedores tomem decisões precipitadas, comprometendo a perpetuidade do negócio.

Quer reconhecer cada uma dessas fases? Então, siga e leitura do post e prepare-se para enfrentar cada uma delas.

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    Estágio inicial ou startup

    O foco principal de uma empresa que se encontra nesse estágio é a sobrevivência. Outro fato comum em um nível primário de maturidade, principalmente entre as startups, é que as decisões fiquem concentradas em uma ou poucas pessoas. Em geral, o fundador é quem cuida de todos os processos pessoalmente.

    Como o personalismo é muito forte, as tarefas acabam sendo atribuídas aos colaboradores mais dinâmicos, interessados ou de confiança do gestor. A capacidade técnica ou a função que cada um desempenha ainda não são tão relevantes. 

    Na verdade, as funções e responsabilidades sequer estão bem definidas nessa fase. Os problemas costumam ser resolvidos conforme vão surgindo e por quem estiver disponível no momento.

    Nesse estágio inicial, o empresário passa grande parte do tempo apagando incêndios, sem conseguir pensar no futuro do empreendimento. Como consequência, a empresa se apresenta reativa a tudo o que acontece, perdendo oportunidades exatamente pela falta de visão a longo prazo. 

    Com uma contabilidade totalmente voltada para o atendimento das obrigações fiscais, sem uma conexão real com o negócio, o fundador aparece mais uma vez como a figura central, já que, geralmente, ele é a principal fonte de financiamento.

    Sendo assim, os gestores, nessa fase, precisam estar atentos às armadilhas relacionadas ao custo financeiro e à estrutura de capital desalinhados com o retorno do negócio. Em outras palavras, com fontes de financiamento caras e de curto prazo.

    Em fase de inovação e crescimento ou emergentes

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    O estágio inicial dura, aproximadamente, um ano. Passada esse fase, em que, como vimos, o importante é sobreviver, a preocupação do gestor se volta agora para a estabilização do modelo de negócio, para a padronização dos processos e para a inovação.

    Outro marco desse estágio de maturidade da empresa é a preocupação do empreendedor com a qualidade da produção e, consequentemente, com a captação de novos talentos. Um certificado de qualidade passa também a ser importante. Ele mostrará os resultados alcançados com a formalização dos processos.

    Como já há um maior entrosamento com clientes e fornecedores, podem acontecer aperfeiçoamentos ou mesmo mudanças no produto ou serviço a partir de feedbacks.

    Ao considerar metas de médio prazo, a gestão passa, nessa fase, a contar com ferramentas de TI, inclusive no que diz respeito à contabilidade. A empresa também começa a ter acesso a financiamento via bancos de fomento.

    Contudo, tenha cuidado: nesse estágio, a armadilha é justamente o modelo tributário. Com o crescimento das operações, decisões equivocadas podem gerar um grande volume de contingências. Evite, por exemplo, distribuir entre vários CNPJs a opção do sistema de tributação pelo Simples Nacional. O que pode trazer benefícios fiscais no momento, acarretará em enormes prejuízos no futuro.

    Estabelecidas ou em expansão

    Nesse estágio de maturidade da empresa, o relacionamento entre sócios e demais envolvidos na operação passa a requerer uma governança corporativa. Isso significa que alguns instrumentos passam a ser utilizados, como formação de comitês ou acordo de acionistas.

    Por outro lado, o plano de negócios passa a ser reavaliado. Isso porque ele demandará uma maior elaboração, que inclua, por exemplo, a identificação e gestão dos riscos inerentes ao negócio. Nessa fase, o gestor já será capaz de identificá-los.

    Com os processos administrativos e de produção que estão formalizados, descritos em documentos e gráficos, os colaboradores passam a segui-los, mesmo nas atividades mais corriqueiras, como controle de estoque, compras, lançamentos financeiros ou contratação de pessoal.

    As equipes, finalmente, passam a ser compostas conforme as funções a serem exercidas. Sendo assim, o desenvolvimento do potencial de cada funcionário ganha maior relevância, bem como a visão de longo prazo e a necessidade de perpetuidade do negócio.

    Nesse ponto, ocorre um sofisticamento dos instrumentos de financiamento. Entram em jogo os investidores privados, institucionais ou fundos de private equity. O desafio é crescer. Para isso, antes da admissão de um novo sócio, faça uma análise das principais fraquezas e oportunidades de ganho de valor do empreendimento.

    É comum que o fundador comece a encarar sua empresa como um filho que chega à adolescência, subestimando a capacidade de crescimento do negócio. Não deixe que isso aconteça. Lembre-se sempre de que essa é mais uma fase.

    Maduras

    Com o modelo de gestão, o plano de negócios e a governança corporativa são consolidados — inclusive graças ao uso de um sistema de TI estratégico e sofisticado — o controle da operação e dos riscos passa a ser mais eficiente.

    Os colaboradores já agem naturalmente em busca do aperfeiçoamento constante dos processos. O departamento de Recursos Humanos, que antes se preocupava em contratar talentos, agora tem uma estratégia para retê-los na empresa, com um sólido programa de desenvolvimento de pessoal. 

    A empresa tem como foco a criação e o aproveitamento de mecanismos de adaptação a mudanças de ambiente. Isso porque sempre haverá flutuações na economia, um novo concorrente, entre outras novas situações.

    A verdade é que a grande maioria das empresas no mundo está na fase da maturidade, o que prova que é possível vencer cada um dos desafios e chegar lá.

    Vale ressaltar que, diferentemente das pessoas, que para amadurecer precisam passar por muitas experiências imprevisíveis e difíceis, no caso das empresas, o processo de evolução pode ser muito mais controlado.

    Agora que você já conhece cada um dos estágios de maturidade da empresa, pode encará-los com muito mais segurança e, inclusive, preparar-se para enfrentar os desafios inerentes a eles. Isso não significa, de forma alguma, que será fácil. Mas tenha em mente que o esforço vale a pena.

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    O autor

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