Como um bom desenvolvedor, ao construir um site você se preocupa em mantê-lo com uma aparência adequada, com recursos funcionais e navegação fluida. Porém, você também tem dado atenção à acessibilidade web?
Esse é um ponto que, infelizmente, ainda passa despercebido para muitos devs, mas que precisa ser levado em consideração tanto para quem trabalha na criação quanto na otimização de páginas. Continue a leitura e entenda mais sobre o tema!
O que é acessibilidade web e qual é a sua importância?
Segundo o portal Web Accessibility Initiative (WAI), que pertence ao World Wide Web Consortium (W3C), organização responsável por criar e gerenciar os padrões da web, esse ambiente digital no qual navegamos foi feito para todas as pessoas. Isso independe do seu hardware, software, idioma, localização ou habilidades.
Ou seja, a acessibilidade web envolve a preocupação tanto com pessoas que tenham alguma deficiência (auditiva, visual, de fala, física, neurológica, cognitiva etc.) quanto com usuários que se enquadram em casos como estes:
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pessoas com dificuldades devido à idade;
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pessoas que acessam a internet de dispositivos móveis com tela muito pequena;
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pessoas com conexão lenta à internet;
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pessoas com plano de dados muito limitado de acesso à internet.
Logo, se considerarmos que todos devem ter o direito de consumir as informações disponíveis publicamente nos sites que você vier a desenvolver, é fundamental ter a acessibilidade em mente. A ideia é que nenhum indivíduo seja excluído devido a uma deficiência ou qualquer outra condição.
Qual é o papel do desenvolvedor na acessibilidade?
Já que o dev é uma das figuras-chave no que se refere a transformar o projeto de um sistema em realidade, é de se esperar que ele se interesse pelo sucesso do site. Como isso é resultado de usuários satisfeitos, que têm uma experiência agradável independentemente de suas necessidades, é fundamental que o desenvolvedor também seja responsável por proporcionar a acessibilidade.
Para isso, é preciso ter em mente os princípios por trás dela e os meios de implementá-la, como você confere a seguir.
Quais são os princípios da acessibilidade web?
Ainda de acordo com a Web Accessibility Initiative, a acessibilidade web segue uma série de princípios, dos quais podemos destacar 4 principais. Confira cada um deles a seguir.
Perceptível
O primeiro princípio diz respeito às possibilidades de o usuário identificar o conteúdo e a interface por meio dos sentidos. Se uma pessoa não tiver a capacidade de ver, por exemplo, terá a alternativa de usar um leitor de tela para perceber os elementos do site com o auxílio de indicações sonoras.
Operável
O conceito de operável está relacionado ao uso de recursos interativos, para de fato navegar em um site ou sistema web. Isso envolve clicar, arrastar, tocar, teclar ou usar comandos de voz.
Esses são os métodos mais conhecidos, mas podemos considerar outros, desde que ofereçam o controle para o usuário.
Compreensível
Um sistema ou tecnologia compreensível precisa garantir que o conteúdo seja legível (não só visualmente, mas também por um leitor de tela, por exemplo) e simples de entender. A interface também deve seguir esse princípio, de modo que seja fácil e siga boas práticas de UX design, além de ter comportamentos previsíveis, que não distraiam o usuário com erros ou resultados inesperados.
Robusto
No contexto da acessibilidade web, um site robusto é aquele que é compatível com diferentes navegadores, soluções assistivas ou qualquer agente que o usuário possa vir a utilizar para acessar aquela aplicação. Isso quer dizer que, não importa qual tecnologia o usuário escolher — desde que seja apropriada para aquela finalidade —, o sistema deve funcionar.
Como os sites acessíveis são construídos?
Vejamos agora exemplos de particularidades que o desenvolvedor deve levar em conta para construir um site acessível. Acompanhe.
Tenha atenção à escolha das cores
Tenha em mente que há pessoas com condições visuais como o daltonismo ou mesmo que não são capazes de enxergar. Por isso, não use indicações de cor como prioridade quando precisar transmitir um significado ou mensagem. Prefira o texto ou ícones com recursos de acessibilidade.
Atente inclusive para o contraste entre o texto e o fundo, para não dificultar a leitura.
Use o atributo alt nas imagens
O alt é um atributo da tag que tem a função de descrever o que aparece na imagem. Deve ser usado para auxiliar o usuário que usa leitores de tela e também aquele que tem uma conexão lenta e opta por não exibir figuras nos sites que visita.
Atente a alguns detalhes dos formulários
Se o site que estiver desenvolvendo tiver um ou mais formulários, associe rótulos aos campos. Além disso, identifique claramente quais são os campos obrigatórios e use um método acessível para alertar o usuário quando houver algum erro.
Permita que o site se adapte à tecnologia de acesso do usuário
Use um design responsivo para permitir que o site se adapte ao tamanho da tela do usuário. Lembrando que é importante manter a possibilidade de ele dar zoom, afinal, há pessoas com dificuldades de visão que precisam ampliar os elementos para enxergar o que está na tela.
Garanta que todos os elementos interativos estejam acessíveis ao teclado
Lembre-se que o mouse e a tela sensível ao toque do smartphone não são os únicos meios de navegar em um site. Então, ao criar efeitos interativos, considere que esses podem não ser os melhores métodos para o visitante, cuja preferência — ou única opção — seja o teclado.
Inclua legendas ou transcrições das mídias do site
Certifique-se que os vídeos ou áudios tenham legenda sincronizada e equivalente ao que é dito e/ou mostrado na mídia. Se não for possível disponibilizar esses recursos, procure oferecer uma transcrição.
Use uma ferramenta para avaliar a acessibilidade do site
Por fim, use uma ferramenta automatizada para fazer um diagnóstico no seu site e indicar as melhorias de acessibilidade que ele precisa. O Web Accessibility Checker é um ótimo exemplo.
Sendo assim, podemos concluir que a acessibilidade web deve fazer parte da sua checklist para o lançamento de novos sites. Entenda essa medida como uma ação inclusiva, que permitirá que ainda mais pessoas apreciem o resultado do seu trabalho, obtendo acesso fácil à informação que desejam, sem qualquer tipo de frustração.
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