Entenda quais são os padrões mais indicados para projetos desenvolvidos em Angular.
Angular é um dos frameworks de desenvolvimento web mais populares e poderosos da atualidade. Utilizado para criar aplicativos web robustos e escaláveis, ele oferece várias ferramentas e recursos para desenvolver projetos que atendam às necessidades dos usuários.
No entanto, com um conjunto tão amplo de recursos, é fácil perder a clareza e o foco do projeto e acabar adotando práticas que dificultam a manutenção e a escalabilidade. É aí que entram as chamadas boas práticas.
Boas práticas são técnicas, métodos ou padrões que são considerados eficazes e apropriados para determinado contexto ou tarefa.
Essas boas práticas são desenvolvidas com base em experiências e em estudos sobre o assunto e podem gerar uma série de benefícios, como garantir que o trabalho seja feito de maneira eficiente e com qualidade, minimizar riscos e aumentar a segurança, bem como economizar tempo e evitar erros que poderiam causar atrasos ou retrabalho.
Além das boas práticas de programação em geral, é comum que cada linguagem ou framework tenha métodos específicos que deixem o desenvolvimento mais eficaz. Pensando nisso, listamos as melhores práticas de arquitetura e construção de formulários em Angular.
O que é Angular e quais são as vantagens desse framework?
Angular é um framework de desenvolvimento web, de código aberto e mantido pelo Google. Ele serve para construir aplicações web escaláveis e de alta performance, oferecendo recursos para o desenvolvimento de Single-Page Applications (SPAs) e aplicações com renderização do lado do servidor (Server-Side Rendering — SSR), semelhante ao que o Next.js faz.
Uma das principais características do Angular é o sistema de vinculação de dados bidirecional. Com ele, é possível atualizar a interface do usuário em tempo real, conforme o usuário fornece entrada de formulário. Isso permite interagir com a aplicação de forma mais dinâmica e responsiva.
Outra vantagem do Angular é a arquitetura baseada em componentes reutilizáveis. Isso significa que as pessoas desenvolvedoras podem criar componentes individuais, como botões ou formulários, e os reutilizar em diferentes partes da aplicação, o que torna o desenvolvimento mais rápido e eficiente, já que elimina a necessidade de criar componentes do zero em diferentes partes da aplicação.
O Angular também tem recursos para testes automatizados, o que ajuda a garantir que o aplicativo funcione corretamente e evita problemas no futuro. Além disso, ele tem arquitetura modular, que permite organizar o código em pequenos módulos independentes. Isso torna o código mais fácil de entender e facilita a detecção de problemas.
Por fim, o Angular é um framework bem documentado e conta com uma grande comunidade de pessoas desenvolvedoras, o que significa que quem vai programar em Angular pode encontrar suporte e recursos facilmente.
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Quais padrões o Angular utiliza?
O Angular utiliza uma série de padrões e práticas recomendadas para desenvolvimento de aplicações web. Um dos principais é o padrão de design Model-View-Controller (MVC), no qual ocorre a separação da aplicação em três componentes principais: modelo (Model), visualização (View) e controlador (Controller). Isso ajuda a separar as preocupações da aplicação e tornar o código mais modular e reutilizável.
Outro padrão utilizado pelo Angular é o Observable. Ao utilizar esse padrão, as pessoas desenvolvedoras podem escrever o código que aguarda a conclusão de uma chamada de API ou que responde a mudanças em um formulário de forma mais simples e organizada.
Ele também oferece recursos adicionais, como operadores de transformação, inclusive suportando o cancelamento de fluxos de dados, o que é particularmente útil para interromper a execução de uma operação que não é mais necessária.
O Angular também utiliza o padrão Injeção de Dependências, para facilitar a criação de componentes independentes e reutilizáveis, tornando a aplicação mais fácil de entender e manter. Com isso, os componentes podem receber objetos e serviços de outros componentes sem precisar criar uma instância diretamente.
Essas práticas ajudam a manter a consistência e a organização do código, facilitando a colaboração entre as pessoas desenvolvedoras e a manutenção do código no longo prazo.
Boas práticas em arquitetura de projetos Angular
Uma das principais vantagens do Angular é que ele oferece várias opções para uma arquitetura de projeto eficiente. Veja em seguida algumas das práticas mais recomendadas ao desenvolver projetos nesse framework.
Divida o aplicativo em módulos menores
Ao desenvolver um aplicativo Angular, é importante considerar a escalabilidade e a manutenção em longo prazo. Uma das práticas recomendadas para alcançar esses objetivos é dividir o aplicativo em módulos menores e usar o lazy loading para carregá-los conforme necessário.
Um módulo é um conjunto lógico de componentes, serviços e outros recursos relacionados que podem ser agrupados para formar uma funcionalidade específica do aplicativo.
Dividir o aplicativo em módulos menores permite que as pessoas desenvolvedoras organizem melhor o código, reduzam a complexidade e facilitem a manutenção.
Cada módulo pode ser desenvolvido, testado e mantido separadamente, o que simplifica a colaboração em equipe e a integração contínua.
Usar o lazy loading significa carregar módulos somente quando eles são necessários, em vez de os carregar todos de uma vez no momento da inicialização do aplicativo. Isso pode melhorar significativamente o desempenho, especialmente em casos em que existem muitos módulos ou a aplicação é grande.
Além disso, o lazy loading pode ser usado para carregar módulos com base em ações do usuário, como navegação para uma página específica. Isso significa que o aplicativo só precisa carregar os recursos necessários para determinada página em vez de carregar todos os recursos de uma só vez, o que ajuda a reduzir o tempo de carregamento e melhora a experiência do usuário.
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Siga as convenções de diretórios e a padronização de nomenclaturas
Um bom projeto também deve seguir as convenções recomendadas pela equipe do Angular. Isso inclui o uso de diretórios padrão, como “app” para o diretório raiz do aplicativo, “components” para componentes, “services” para serviços e “models” para modelos.
É importante manter uma nomenclatura padrão para os arquivos e as pastas do aplicativo, já que isso facilita o entendimento da estrutura do projeto e reduz o tempo necessário para encontrar recursos específicos.
Tipos de formulário em Angular e boas práticas
Boas práticas em formulários são essenciais para garantir uma experiência do usuário positiva e evitar problemas de usabilidade. Em Angular, existem duas abordagens principais para lidar com formulários: template-driven e reativos.
Os do tipo template-driven são mais fáceis de implementar e são ideais para formulários simples e com poucos campos. Eles usam o two-way data binding, o que significa que as alterações no modelo de dados são refletidas no formulário e vice-versa. No entanto, eles têm algumas limitações, como por exemplo dificuldades em testar a lógica de validação e também a falta de controle fino sobre as atualizações.
Por outro lado, os reativos são mais poderosos e flexíveis e são recomendados para formulários mais complexos, com muitos campos ou validações personalizadas. Eles são baseados em Observables e oferecem mais controle sobre as atualizações e a lógica de validação. Além disso, esses formulários são mais fáceis de testar do que os template-driven.
Independentemente do tipo de formulário que você escolher, há algumas boas práticas que você pode seguir para garantir um código limpo e manutenível.
Use nomes de variáveis descritivos
Ao criar um formulário, é importante dar nomes descritivos às variáveis de cada um dos campos e dos valores.
Esses nomes devem ser claros e identificar exatamente o que cada campo representa, para que seja fácil para outras pessoas desenvolvedoras entenderem o que está acontecendo no código.
Use diretivas de formulário Angular
O Angular tem diversas diretivas de formulário que podem ajudar a simplificar a criação e a validação de formulários. Alguns exemplos incluem ngForm, ngModel, ngSubmit, ngControl e ngModelGroup.
Essas diretivas permitem criar campos, vincular dados do modelo a esses campos, capturar e processar eventos de formulário e validar os dados inseridos por usuários.
Use validação de formulário
A validação de formulário é essencial para garantir que os dados inseridos por usuários sejam válidos e seguros. O Angular tem várias validações de formulário pré-construídas, como required, minlength, maxlength, pattern e assim por diante.
Essas validações podem servir para verificar se os dados inseridos por usuários estão no formato correto, se são obrigatórios e se atendem a outros requisitos.
Personalize as mensagens de erro
É importante personalizar as mensagens de erro para que sejam relevantes para o contexto do formulário. Isso ajuda os usuários a entender o que precisam corrigir e evitar frustrações desnecessárias.
É possível personalizar as mensagens de erro com as diretivas de validação do Angular e também é possível formatá-las para que fiquem visualmente atraentes e fáceis de ler.
Ao seguir essas boas práticas, você garante que o seu projeto poderá escalar de forma segura e eficiente.
Além das boas práticas de desenvolvimento, você precisa que sua aplicação esteja hospedada em um servidor confiável. Para isso, você pode contar com os serviços da Locaweb.
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