Serviços da web costumam ter funcionalidades diferentes, saiba como identificar a melhor opção para o seu negócio
Quando se trata de desenvolvimento de software, é comum ouvir falar em microsserviços e interface de programação de aplicações (API). Esses termos são frequentemente usados de forma intercambiável, mas eles não são sinônimos. Embora ambos sejam usados para criar sistemas distribuídos, há diferenças cruciais entre eles. Neste texto, vamos explorar o que é um microsserviço e o que é uma API e como eles diferem um do outro.
O que é microsserviço?
Um microsserviço é uma abordagem arquitetural que descreve um sistema composto de pequenos serviços independentes, cada um executando uma única tarefa. Esses serviços são projetados para serem altamente escaláveis, permitindo que o sistema cresça à medida que a demanda aumenta. Cada microsserviço pode ser desenvolvido, implantado e escalado separadamente, sem afetar os outros serviços do sistema.
Os microsserviços são comumente usados em sistemas distribuídos que consistem em vários componentes que precisam trabalhar juntos. Eles permitem que diferentes partes do sistema sejam desenvolvidas e gerenciadas independentemente, facilitando a manutenção e o desenvolvimento contínuo do sistema. Isso também significa que se um microsserviço falhar, ele não afetará todo o sistema, apenas a tarefa específica que ele executa.
Além disso, os microsserviços podem ser escritos em diferentes linguagens de programação e usar diferentes tecnologias, permitindo que pessoas desenvolvedoras usem as ferramentas mais adequadas para a tarefa. Isso ajuda a evitar bloqueios e limitações tecnológicas e permite que as equipes de desenvolvimento trabalhem de forma mais eficiente.
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O que é API?
A API é um conjunto de rotinas, protocolos e ferramentas para construir software e aplicativos. Pessoas desenvolvedoras usam APIs para se comunicar com outros programas ou serviços, permitindo que aplicativos obtenham informações ou executem tarefas em outro sistema.
As APIs são uma parte fundamental da economia de software atual, permitindo que pessoas desenvolvedoras criem aplicativos que se integram perfeitamente a outros sistemas. As empresas, em particular, usam APIs para disponibilizar informações e recursos a clientes e parcerias.
Existem muitos tipos e APIs, incluindo APIs de serviço web, APIs RESTful, APIs SOAP e APIs GraphQL. Cada tipo de API é usado para diferentes propósitos e tem diferentes requisitos técnicos. No entanto, todas as APIs têm um conjunto comum de características.
- APIs são uma interface pela qual quem desenvolve acessa dados ou funcionalidades de um serviço ou sistema.
- APIs são projetadas para ser acessadas via rede, geralmente usando HTTP.
- APIs são baseadas em padrões bem definidos, como JSON e XML.
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Diferenças entre microsserviços e APIs
Embora microsserviços e APIs sejam conceitos diferentes, eles estão intimamente relacionados. Um microsserviço pode expor uma API que permite que outros serviços se comuniquem com ele. Por outro lado, uma API pode ser usada para fornecer acesso a um microsserviço.
Como vimos, enquanto os microsserviços são uma abordagem arquitetural para construir sistemas distribuídos, as APIs são uma interface que pessoas desenvolvedoras usam para se comunicar com esses sistemas. Em outras palavras, os microsserviços são um método de design e construção de sistemas, enquanto as APIs são um meio de se comunicar com esses sistemas.
Entre as principais diferenças entre os dois estão:
Granularidade
Os microsserviços geralmente têm granularidade maior que as APIs. Isso significa que um único microsserviço pode ter várias APIs que permitem que outros serviços se comuniquem com ele. Por outro lado, uma única API pode expor vários microsserviços, permitindo que desenvolvedores acessem várias funcionalidades em um sistema.
Nível de abstração
Outra diferença entre microsserviços e APIs é o nível de abstração que fornecem. Isso se refere à quantidade de detalhes técnicos e complexidade que uma pessoa desenvolvedora precisa conhecer para interagir com um serviço ou sistema. Quanto mais abstrato é um serviço, menos detalhes técnicos são expostos e mais fácil é para pessoas desenvolvedoras o usarem.
No caso dos microsserviços, eles fornecem uma camada mais alta de abstração porque encapsulam toda a lógica de negócios dentro de si. Isso significa que, quando um serviço precisa interagir com outro, ele não precisa se preocupar com a complexidade técnica subjacente. Em vez disso, pode simplesmente chamar a interface do microsserviço, que foi projetada para ser clara e simples de entender.
Por outro lado, as APIs fornecem uma camada mais baixa de abstração porque expõem diretamente as funcionalidades do sistema subjacente. Isso significa que, para usar uma API, a pessoa desenvolvedora precisa ter um conhecimento mais profundo do sistema e entender as complexidades técnicas envolvidas.
Por exemplo, imagine que você deseja integrar um serviço de pagamento em seu aplicativo. Se o serviço de pagamento for exposto por meio de um microsserviço, você pode simplesmente chamar a interface do microsserviço e enviar uma solicitação de pagamento. O microsserviço cuidará de toda a lógica de negócios necessária para processar o pagamento e retornará uma resposta simples ao aplicativo.
Já se o serviço de pagamento for exposto por meio de uma API, você precisará entender os detalhes técnicos da API e como ela funciona para integrá-la corretamente em seu aplicativo. Você pode precisar lidar com coisas como autenticação, erros de resposta e outros detalhes técnicos que não estão presentes quando se trabalha com um microsserviço.
Implantação
Outra diferença importante é a forma como microsserviços e APIs são implantados. Os microsserviços são implantados em contêineres, ou seja, unidades de software independentes que contêm todo o código, as dependências e as configurações necessárias para executar o serviço. Isso permite que os microsserviços sejam facilmente implantados em diferentes ambientes, como desenvolvimento, teste e produção.
Quando uma API é implantada em um servidor web, ela é exposta por meio de endpoints HTTP, que podem ser acessados por meio de uma URL específica. As solicitações são enviadas para esses endpoints HTTP, e a API responde com uma resposta HTTP, geralmente em formato JSON.
Porém, vale lembrar que uma API também pode ser implantada em um contêiner, como um Docker. Nesse caso, a API é encapsulada dentro do contêiner, juntamente com todas as dependências e configurações, e é executada em um ambiente isolado.
Nesse caso, ela ainda pode ser acessada por meio de endpoints HTTP. O contêiner é configurado para expor um ou mais endpoints HTTP que podem ser acessados por meio de uma URL específica. No entanto, a diferença é que a API é executada em um ambiente isolado, o que pode tornar o processo de implantação e gerenciamento mais fácil e escalável em diferentes ambientes.
Compreender essas diferenças pode ajudar pessoas desenvolvedoras a escolher a abordagem correta para o projeto e entender como as diferentes tecnologias funcionam juntas. Além disso, ter uma compreensão maior desses conceitos pode auxiliar a melhorar a eficiência do desenvolvimento e a qualidade do software, tornando a construção de sistemas distribuídos mais fácil e eficaz.
Além de escolher a arquitetura que mais se adéqua ao projeto, é importante garantir que ele esteja hospedado em um servidor confiável e robusto.
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