Combinando algumas habilidades front-end, back-end, devops e negócios, o desenvolvedor Full Stack é um perfil cada vez mais buscado por empresas de tecnologia que precisam otimizar suas equipes com profissionais versáteis que tenham uma visão holística de todo o processo de construção de um software.
Mas a jornada para se tornar um desenvolvedor full stack não é fácil. Para chegar lá, é preciso conhecer sobre todas as camadas do desenvolvimento de aplicações, estudar bastante sobre diferentes temas e dominar alguma linguagem de programação.
Pensando nisso, neste artigo explicamos o passo a passo para quem ambiciona ser um desenvolvedor full stack e o que é preciso para atingir esse objetivo. Boa leitura!
Como começar a jornada de desenvolvedor full stack?
Antes de tudo, é importante entender que o desenvolvedor full stack não precisa ser um especialista em todos os assuntos. Geralmente o perfil desse tipo de profissional é aquele em formato de “T”, que é um especialista com um profundo conhecimento em uma área e um domínio razoável em assuntos relacionados.
Portanto, é seguro dizer que a maior parte dos devs full stack hoje começaram o caminho se especializando em uma área como o front-end ou o back-end e aos poucos foram expandindo seus conhecimentos até dominarem todas as camadas do desenvolvimento e serem capazes de assumir qualquer função na criação de um software. Desde a visão técnica, até a camada de negócio.
Para quem está dando os primeiros passos na área de programação, o primeiro passo portanto é iniciar e se especializar em alguma habilidade e ser capaz de trabalhar confortavelmente como front-end ou back-end.
Existe um projeto open source no GitHub onde os próprios desenvolvedores montaram um caminho evolutivo para a carreira de web developer. Esse projeto pode ser acessado através deste link.
Depois disso, é hora de expandir os horizontes e adquirir novos conhecimentos. E existem algumas habilidades que precisam estar no repertório de todo dev full stack. Vamos conhecer algumas delas!
O que é preciso saber para se tornar um desenvolvedor full stack?
O principal pré-requisito para quem quer se tornar um desenvolvedor full stack é a curiosidade: é preciso ser uma pessoa interessada em aprender coisas novas o tempo todo e aprimorar suas habilidades de forma contínua.
E isso não significa ser um especialista em todos os assuntos que conhece, mas sim saber o suficiente para executar um trabalho com qualidade em diversas áreas complementares.
Dito isso, entre as habilidades que devem ser desenvolvidas por quem almeja ser um dev full stack, uma das mais importantes, é conhecer bem uma ferramenta de controle de versão como o Git. Na prática, isso é algo que todo programador deve aprender, mas se torna ainda mais essencial para aqueles que querem organizar a evolução de sua aplicação.
Sobre as linguagens de programação, é importante que o dev full stack tenha conhecimentos sólidos sobre uma linguagem, mas entenda que não existe “bala de prata”. Para cada problema deve ser analisado qual a melhor linguagem e arquitetura a ser utilizada.
Com o surgimento de frameworks JavaScript, como node.js, angular e vue.js, já existem produtos feitos com JavaScript do começo ao fim, portanto, não é um exagero dizer que saber escrever código nessa linguagem é algo que convém para um full stack que atua nas duas camadas.
Para quem atua em uma camada mais alto nível, o HTML e CSS são também conhecimentos importantes, especialmente quando o objetivo é um produto para web. Já na camada de baixo nível são muitas linguagens possíveis, como Ruby, Python, Elixir, Clojure e muitas outras. Não se esquecendo dos frameworks de back-end como Rails e Django que facilitam o dia a dia na codificação.
É importante lembrar de garantir a qualidade de seu código, assim aprenda e aplique testes (unitários, funcionais, regressão, etc) tanto na camada de back-end como a de front-end.
Não é preciso conhecer profundamente todas, mas vale a pena se esforçar para, pelo menos, saber a diferença de uma linguagem orientada a objetos para uma orientada a eventos, por exemplo, o que faz diferença se for preciso aprender uma linguagem nova para um projeto específico.
Quem já tem experiência desenvolvendo com mais de uma linguagem certamente terá facilidade em aprender novas linguagens em consideravelmente pouco tempo.
Outro conhecimento que não deve ficar de fora é o conhecimento de bancos de dados, sejam eles relacionais como um MySQL, ou um não relacionais como o Cassandra. Trabalhar com a complexidade e o volume de bancos de dados complexos é algo que pode parecer intimidador, mas é o tipo de desafio que faz parte do dia a dia de um dev full stack.
Para finalizar, estude sobre sistemas operacionais (linux, windows), servidores de aplicação (nginx, apache) e contêineres (docker, kubernetes) que estão em alta no ambiente de desenvolvimento e ajudam na produtividade.
Quais habilidades podem complementar a formação de um desenvolvedor full stack?
Com os conhecimentos anteriormente mencionados é muito provável que o desenvolvedor já se sinta pronto para colocar o full stack no seu currículo. E, de fato, o básico desse perfil é o que foi descrito acima.
Porém, para se destacar, é interessante que o dev se interesse e desenvolva habilidades complementares que não estão diretamente ligadas com o código, mas podem ser decisivas para se ter uma visão holística de um projeto e compreender melhor qual o tipo de trabalho será feito.
Entre os vários caminhos que podem ser seguidos, uma recomendação é: aprender sobre o negócio de seu produto. Muitas vezes, a falta de comunicação entre o time de desenvolvedores e o cliente, resulta em produtos que custam caro e estão cheios de funcionalidades que ninguém utiliza.
Conhecer metodologias de desenvolvimento ágil como o Scrum, Kanban e práticas de entrega contínua também é algo que precisa fazer parte do repertório de um bom desenvolvedor full stack. Com essas habilidades, além de saber como realizar bem o trabalho do ponto de vista técnico, o dev também entende como otimizar seu esforço gerando valor mais rápido ao cliente final de seu produto.
Por fim, um desenvolvedor também pode se aprofundar em conhecimento de negócios relacionado ao mercado em que atua, trocando experiências com os times de outros setores e conhecendo melhor as possibilidades e aplicações reais dos softwares que ele criará.
E agora que você já sabe como se tornar um desenvolvedor full stack, aproveite para aprender mais acompanhando nosso LinkedIn, assinando nosso canal no YouTube, curtindo nossa página no Facebook e seguindo nosso Twitter!