Entenda o que é DNS e como funciona o sistema usado para traduzir os nomes de domínios em endereços de IP, facilitando o acesso aos sites.
Para acessar um site, basta digitar o endereço desejado no navegador. No entanto, isso só acontece depois que uma tecnologia entra em ação: o DNS.
Sigla para Domain Name System, o DNS tem papel fundamental na internet por permitir a comunicação entre computadores e pessoas.
E é exatamente sobre esse sistema e o seu funcionamento que falaremos no nosso artigo de hoje. Acompanhe!
O que é DNS?
O DNS é o sistema que faz a tradução dos nomes de domínios em endereços de protocolo de rede (IP). Ele é fundamental para que os navegadores encontrem as informações corretas na rede.
Nesse sentido, funciona como um grande catálogo para os nomes de domínio, guardando essas informações e seus respectivos IPs.
Ou seja: o papel do DNS é simplificar o acesso, pois basta lembrar os endereços dos sites para navegar na internet.
Sem o DNS, você teria que decorar os IPs de todos os sites que gostaria de visitar.
Como funciona o DNS?
Vamos a um exemplo prático do funcionamento do DNS. Para acessar o site da Locaweb, basta digitar “www.locaweb.com.br” em seu navegador. Do lado do usuário, o trabalho termina aqui.
No entanto, o DNS entra em ação assim que a tecla Enter é pressionada. Quando isso acontece, ele pega essa informação e traduz para um IP, que é o verdadeiro identificador na máquina que faz a hospedagem de site.
Inicialmente, o computador vai procurar no arquivo hosts e no cache se já há informações armazenadas sobre esse site. Se elas forem encontradas, o DNS retorna os resultados na tela. Caso contrário, serão adicionados alguns passos ao processo de resolução.
Dessa forma, o DNS tem papel fundamental nesse grande ecossistema virtual. Afinal, a existência dele evita que os usuários da rede tenham que decorar todos os endereços de IP dos sites que desejam acessar.
Quais os servidores DNS envolvidos ao carregar uma página na web?
Ao carregar uma página da web, seja ela criada em Python, seja PHP, seja em JavaScript, diversos servidores DNS estão envolvidos para traduzir o nome de domínio em um endereço de IP. Veremos os principais a seguir.
Servidor raiz
Os servidores raiz são a base do sistema DNS. Eles armazenam informações sobre os servidores de nível superior (TLDs) e ajudam a direcionar as consultas para os servidores corretos.
Nameserver
Também conhecidos como servidores de nomes, os nameservers são responsáveis por armazenar informações de DNS para um domínio específico.
Eles respondem às consultas DNS e podem encaminhá-las para outros servidores, se necessário.
DNS autoritativo
Um servidor DNS autoritativo é responsável por armazenar informações de DNS para um domínio específico, recebendo autoridade sobre elas. Ele responde diretamente às consultas DNS para esse domínio.
Os servidores DNS são importantes para aprimorar a experiência de navegação.
Quais são os tipos de servidores DNS?
Existem diferentes tipos de servidores DNS que desempenham funções específicas. Veremos os principais a seguir.
Resolvedor recursivo de DNS
O resolvedor recursivo é responsável por processar consultas DNS dos clientes, como navegadores da web.
Ele percorre a hierarquia de servidores DNS para encontrar a resposta solicitada e a retorna ao cliente.
Servidor de DNS autoritativo
Um servidor de DNS autoritativo é responsável por armazenar informações de DNS para um domínio específico. Ele também é importante para responder a consultas DNS para esse domínio.
Quais são os tipos de consulta de DNS?
As consultas DNS podem ter diferentes propósitos e tipos. Dentre os principais, podemos destacar os seguintes.
Consulta de resolução de nome (A e AAAA)
A consulta A (Address Record) é usada para mapear um nome de domínio para um endereço IPv4.
Por exemplo, quando você digita “www.exemplo.com” no navegador, uma consulta A é enviada para o servidor DNS, que retorna o endereço IPv4 associado a esse domínio.
Já a AAAA(IPv6 Address Record) é similar ao registro A, mas usada para mapear um nome de domínio para um endereço IPv6.
Como a internet está gradualmente migrando para o IPv6 devido à escassez de endereços IPv4, consultas AAAA se tornam mais comuns.
Consulta de servidor de nomes (NS)
É utilizada para descobrir os servidores de nomes autoritativos para um domínio específico. Quando um servidor de nomes precisa encontrar informações para um domínio, ele primeiro consulta os NS para saber quais têm autoridade sobre ele.
Consulta de registro de serviço (SRV)
Útil para descobrir serviços disponíveis em um domínio. Ele fornece informações a respeito da localização de um serviço específico, como servidores de correio eletrônico, servidores de voz sobre IP (VoIP) e outros serviços baseados em TCP/IP.
Consulta de alias de domínio (CNAME)
A consulta CNAME é usada para criar um alias para um nome de domínio. Ela permite que vários nomes sejam associados ao mesmo recurso físico, facilitando a manutenção e a flexibilidade na configuração de serviços.
Consulta de servidor de correio (MX)
Útil para determinar os servidores responsáveis por receber e processar e-mails para um domínio.
Quando alguém envia uma mensagem para um endereço dentro desse domínio, o servidor de e-mail de origem consulta os registros MX e descobre para onde a enviar.
Consulta de ponteiro (PTR)
Uma consulta PTR é usada para fazer pesquisas de reverso, mapeando um endereço IP para um nome de domínio. Isso serve para verificar a autenticidade e para fins de depuração de rede.
Além dos tipos de registros, outro aspecto importante é o Time-To-Live (TTL), uma configuração que determina por quanto tempo um registro específico deve ser armazenado no cache de um resolvedor DNS antes de ser descartado.
O valor do TTL é definido em segundos. Sua função é equilibrar a carga nos servidores DNS e garantir que as atualizações nos registros DNS sejam propagadas de maneira oportuna.
Um TTL mais baixo significa que as mudanças nos registros DNS serão reconhecidas mais rapidamente, mas isso pode aumentar a carga nos servidores DNS, pois as consultas precisarão ser renovadas com mais frequência.
Por outro lado, um TTL mais alto reduz a carga nos servidores DNS ao diminuir a frequência de atualizações. No entanto, pode atrasar a propagação de mudanças nos registros.
A escolha de um valor de TTL apropriado depende de vários fatores, incluindo a frequência esperada de mudanças no registro e a necessidade de equilibrar a carga na infraestrutura DNS.
Como entender a zona de DNS?
Em termos simples, uma zona de DNS é uma parte do espaço de nomes de DNS para a qual um servidor de nomes é autoritativo.
Partindo desse princípio, um servidor de nomes específico tem a responsabilidade de manter e responder por todas as consultas DNS relacionadas aos recursos dentro dessa zona.
Leia mais:
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- Servidores virtuais: quando usar e principais vantagens
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Tipos de zonas de DNS
Existem diferentes tipos de zonas de DNS, cada uma com seu propósito específico:
- Primárias: aquela em que um servidor de nomes tem autoridade total, sendo responsável por manter o arquivo de zona com todas as informações DNS para esse domínio. Alterações e atualizações nos registros são feitas diretamente neste servidor.
- Secundárias: cópia de uma zona primária mantida por outro servidor de nomes. Elas sincronizam periodicamente seus dados com o servidor primário para garantir consistência, redundância e disponibilidade.
- De encaminhamento (Forwarding Zones): usadas para encaminhar consultas DNS para outro servidor de nomes. Isso geralmente ocorre quando o servidor local não conta com as informações necessárias no cache.
- De inversão (Reverse Zones): enquanto as zonas normais mapeiam nomes de domínio para endereços IP, as de inversão fazem o contrário e mapeiam IPs para nomes de domínio. Isso permite resolver nomes de domínio a partir de endereços IP, especialmente em consultas PTR.
As zonas de DNS também complementam a experiência de navegação na rede.
Quais são e como funcionam os registros DNS?
Após passarmos por conceitos e exemplos do que é DNS, vamos falar dos principais registros e suas funcionalidades.
Registro A (Address Record)
- Função: o registro A é usado para mapear um nome de domínio para um endereço IPv4.
- Funcionamento: ao digitar um nome de domínio no navegador, o registro A associado a esse domínio é consultado para encontrar o endereço IPv4 correspondente. Dessa forma, o navegador se conecta ao servidor web correto.
Registro AAAA (IPv6 Address Record)
- Função: similar ao registro A, mas usado para mapear um nome de domínio para um endereço IPv6.
- Funcionamento: com o esgotamento dos endereços IPv4, o IPv6 se tornou mais relevante. O registro AAAA permite que os navegadores encontrem endereços IPv6 associados a nomes de domínio.
Registro NS (Name Server Record)
- Função: o registro NS especifica os servidores de nomes autoritativos para um domínio.
- Funcionamento: quando um servidor de nomes precisa localizar dados sobre um domínio específico, ele consulta os servidores de nomes listados no NS para obter as informações necessárias, sem a necessidade de recorrer ao Docker ou ao Cli.
Registro CNAME (Canonical Name Record)
- Função: o Registro CNAME cria um alias para um nome de domínio.
- Funcionamento: permite que um nome de domínio tenha vários apelidos, todos apontando para o mesmo recurso físico. Por exemplo, “www” pode ser um alias para o nome de domínio principal.
Registro MX (Mail Exchange Record)
- Função: o Registro MX especifica os servidores de e-mail responsáveis por receber e processar e-mails para um domínio específico.
- Funcionamento: quando alguém envia um e-mail para um endereço dentro desse domínio, o servidor de e-mail de origem consulta os registros MX para determinar para onde enviar a mensagem.
Registro PTR (Pointer Record)
- Função: o Registro PTR é usado para fazer pesquisas de reverso, mapeando um endereço IP para um nome de domínio.
- Funcionamento: útil para verificar a autenticidade de um endereço IP e para fins de depuração de rede.
Criação de Sites
Dominar o conceito de DNS é essencial para quem quer aprender como criar um site.
Afinal, todas as páginas que utilizam serviços de hospedagem de site como o da Locaweb contam com um IP, que posteriormente é traduzido pelo DNS.
Confira algumas das aplicações em suas respectivas etapas a seguir:
- A criação de um site começa com o registro de um domínio. Nessa etapa, você associa seu nome de domínio com informações sobre os servidores DNS que serão responsáveis por traduzi-lo em um endereço IP.
- Ao registrar o seu site em um serviço de hospedagem, é preciso configurar os registros DNS para apontar para o endereço IP do servidor onde ele está hospedado. Isso permite que os visitantes o encontrem quando digitarem o nome de domínio em seus navegadores.
- Por fim, durante a vida útil do seu site, há a possibilidade de fazer atualizações nos registros DNS, como mudar o endereço IP do servidor onde ele está hospedado. Essas atualizações são feitas por meio do painel de controle ou do provedor de hospedagem.
Para garantir a melhor hospedagem de site e ter certeza de que tudo está certo com o DNS, conte com a Locaweb!