Já parou para pensar na quantidade de variáveis que determinam a qualidade do trabalho de um desenvolvedor? O mercado está o tempo inteiro exigindo de você agilidade com prazos, eficiência de código, iterações constantes e novas funcionalidades.
Contudo, há maneiras de adequar o seu estilo de desenvolvimento a essas demandas que surgem o tempo todo? Tem sim, e se chama TDD.
Veja o que é essa abordagem de programação e como ela pode ajudar você a conquistar clientes ou ganhar posições de mais destaque na empresa. Vamos começar!
O que é TDD (Test-Driven Development)?
TDD é a sigla em inglês para Test-Driven Development, o que se traduz como Desenvolvimento Orientado por Testes. O conceito já mais conhecido no meio é mais como uma abordagem prática na busca por modelos otimizados de trabalho.
É por isso que o TDD é muito utilizado dentro da ideia de desenvolvimento com metodologias ágeis, pois foca nos processos e em um fluxo cíclico e constante de programação.
O seu próprio nome já dá uma boa ideia do que exatamente é um TDD. Desenvolver orientando-se por testes significa definir as barreiras a serem superadas (um teste em que você precisa passar) antes de começar a primeira linha de código.
Assim, você constrói um software ou serviço mirando para o lado certo, com o escopo personalizado em busca da solução que você procura.
Como funciona esse processo?
Vamos destrinchar melhor o que envolve um processo de Test-Driven Development. A ideia principal aqui é inverter a lógica da programação e assim definir com mais precisão seus objetivos.
Funciona assim: quando você vai criar um software novo ou vai adicionar uma funcionalidade a um produto já em funcionamento, geralmente parte direto para construir aquele código — e, com o tempo, ver se está no caminho certo.
No TDD, essa ordem é trocada para que você enxergue a linha de chegada antes de começar a corrida. Imagine que você queira adicionar a funcionalidade de imprimir documentos em um sistema. Em vez de partir para o código, você primeiro cria um teste para ver se a impressão está funcionando.
De primeira, claro, seu software vai falhar. Essa é a ideia. Agora, você tem um objetivo claro: desenvolver a solução que vai passar naquele teste.
Assim, há muito mais foco no desenvolvimento e você pode aproveitar essa agilidade para aprimorar e polir cada nova funcionalidade. Sim, até porque ficar feliz com uma nota 6 só vale para aquela matéria chata da faculdade que você queria muito passar de vez.
A partir do momento em que você consegue superar o teste que criou, já tem uma base ótima para trabalhar na chamada refatoração (refactoring): reescrever a partir da solução encontrada para ter coesão e simplicidade no código.
As etapas do TDD
Dá para resumir a prática do desenvolvimento orientado por testes em 5 etapas fundamentais:
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cria-se o código que testará o resultado da nova funcionalidade, o seu teste guia;
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aplica-se esse teste ao produto em desenvolvimento para conhecer a falha e criar um objetivo de codificação para alcançar aquele sucesso;
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desenvolve-se a funcionalidade, software ou iteração com foco absoluto em passar na avaliação, sem se preocupar com boas práticas ou polimento;
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testa-se de novo a solução até que ela seja aprovada no teste (sem, claro, atrapalhar o resultado em outras áreas do código);
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refatora-se a nova funcionalidade, ou seja, escreve-se a versão final da solução levando em conta a otimização e qualidade (como passar um rascunho a limpo).
Esse ciclo é conhecido como Red, Green and Refactor. A ideia é exatamente esta: falhar para entender o que é preciso fazer, para então ter sucesso e finalizar o seu código.
Quais os tipos de testes que devem ser feitos?
O ideal no TDD é que os testes sejam o mais específicos possíveis para que você feche bem seu escopo em cada nova funcionalidade. Portanto, a maioria deles será unitária — focar nas menores frações do código.
Mas você sabe muito bem que o desenvolvimento é um processo orgânico: muitas variáveis têm influência umas sobre as outras e uma mudança em algo pequeno pode criar uma cadeia de bugs.
Por isso, é sempre bom contar também com os testes de integração (que analisam como essas frações se relacionam) e de sistema (que garantam que cada nova funcionalidade faça o papel esperado por ela no todo).
Esse equilíbrio só se encontra com experiência, baseado no seu estilo de desenvolvimento, natureza e complexidade do projeto.
Como automatizar esses testes?
Você pode por conta própria gastar um tempinho a mais para automatizar seus testes, principalmente os unitários — e, em retorno, economizar horas de trabalho no futuro.
O ideal aqui é priorizar aquelas avaliações mais comuns, que se repetem com frequência sempre que você vai adicionar algo novo ao código. Inclusive é uma boa ideia até criar um GUI para otimizar seu trabalho.
Quais as vantagens de utilizar o TDD no dia a dia?
Só de entender como esse processo funciona, já ficam claras as vantagens que ele trás para um desenvolvedor, principalmente se ele trabalha por conta própria com seu produto.
Mesmo assim, é bom listar todos esses benefícios para te inspirar a começar uma abordagem TDD o quanto antes. Veja:
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uma visão mais objetiva de problemas e oportunidades a serem atacados e o que fazer para alcançá-los;
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código limpo e bem escrito, resultado da simplicidade na hora de criá-lo e o tempo para refatorar;
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facilidade e segurança para corrigir bugs, já que você trabalha com o código fração por fração;
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modularidade e flexibilidade no seu código, proporcionados por essa quebra em pequenos objetivos;
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maior produtividade pelo foco na resolução de problemas;
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economia de tempo sem perder qualidade de desenvolvimento, com menos bugs para corrigir e menos retrabalho.
Resumindo tudo isso, o Test-Driven Development é um conceito de programação organiza melhor o seu trabalho e permite que você ofereça produtos com muito mais qualidade em muito menos tempo.
Otimização, automação, foco em resultados: qual profissional não se beneficia desse tipo de característica na sua carreira? Adotar o TDD é um passo incrível nessa direção.
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