A demanda por desenvolvedores full stack deve crescer muito nos próximos 3 anos, acompanhando os investimentos em aplicativos móveis
A demanda por desenvolvedores full stack competentes é alimentada pela crescente dependência mundial de aplicativos — a qual não parece que vai diminuir tão cedo. A receita com aplicativos móveis deve saltar de US$ 469 bilhões em 2022 para US$ 613 bilhões em 2025, segundo o Statista.
Uma das tendências do setor de Tecnologia de Informação (TI) é o aumento da busca por soluções holísticas. Nesse sentido, profissionais com formação mais ampla ganham espaço no mercado. Um estudo da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos aponta que até 2024 haverá 853 mil vagas de desenvolvedor full stack.
Conheça os cinco passos necessários para quem deseja se tornar desenvolvedor full stack.
O que é um desenvolvedor full stack?
O desenvolvedor full stack é um profissional capaz de lidar com as tarefas de front-end e back-end; o primeiro envolve sistemas voltados para o usuário, como elementos gráficos, design e interface, enquanto o segundo abrange os bastidores, incluindo bancos de dados, servidores e interface de programação de aplicação (API).
Esses profissionais geralmente têm melhor compreensão de projetos de design como um todo e podem ser muito versáteis. O conhecimento prático de desenvolvimento front-end e back-end concede aos desenvolvedores full stack um nível notável de flexibilidade ocupacional, então eles podem escrever código, trabalhar em bancos de dados, gerenciar a rede, atender a clientes e até mesmo ingressar na área de vendas. Por isso, os profissionais experientes têm uma capacidade inestimável de se comunicar e oferecer suporte a todos em uma grande equipe.
Como são as vagas para desenvolvedor full stack?
O desenvolvedor full stack é um profissional valorizado no mercado. A média salarial da profissão ficou entre R$ 5 mil e R$ 15 mil em 2021, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Brasil (Caged) reunidos pelo Geekhunter, site especializado em vagas para programadores e desenvolvedores.
As habilidades permitem que o full stack assuma outras funções, como Scrum Master, DevOps, Agile Coach, desenvolvedor mobile, back-end e front-end, bem como trabalhe com diferentes linguagens de programação e variados bancos de dados.
Como se tornar desenvolvedor full stack?
A trilha para se tornar desenvolvedor full stack varia de um profissional para outro; no entanto, de uma forma geral, existe um caminho que deve ser percorrido por todos. Confira cinco passos para se tornar desenvolvedor full stack.
1. Escolha como aprender
As maneiras de aprender o desenvolvimento full stack são diversas, indo desde a autoaprendizagem até uma pós-graduação no setor. Quem prefere estudar sozinho encontra na internet material quase infinito de livros, tutoriais no YouTube, podcasts, cursos pagos e gratuitos, além de projetos de prática.
Alunos de graduação em Ciências da Computação e áreas similares podem fazer estágio de desenvolvimento full stack, tendo a chance de aprender enquanto são pagos por isso. Além disso, existem programas de certificação remotos e presenciais em todos os níveis de proficiência, oferecendo flexibilidade e estrutura. As pessoas interessadas podem, ainda, procurar bootcamps de desenvolvimento full stack para aprimorar as habilidades existentes ou aprender novas.
2. Aprenda as linguagens de programação front-end e back-end
Quanto mais linguagens de programação o profissional dominar, mais será útil ao mercado. O desenvolvimento de software está exposto à constante mudança da indústria de tecnologia, por isso o sucesso de um desenvolvedor pode ser alcançado com a aprendizagem de linguagens de programação novas e emergentes.
Entre as principais tecnologias voltadas para front-end, o desenvolvedor full stack deve dominar as linguagens que garantem a funcionalidade dos aspectos visuais de uma aplicação, como HTML, CSS e JavaScript, seguindo para frameworks e bibliotecas, como ReactJs, Angular e Vue.
Também é importante conhecer as principais tecnologias de back-end para garantir que as aplicações permaneçam funcionais, entre elas C#, Java, JavaScript, Python, PHP, Elixir e Ruby. Além de linguagens para trabalhar com banco de dados como SQL.
3. Domine a arquitetura da informação
A arquitetura de um sistema, site ou aplicativo permite organizar todos os elementos visuais, como gráficos, vídeos, textos, imagens, taxonomia, estruturas e sistemas de navegação, para proporcionar as bases para uma experiência de usuário adequada.
O desenvolvedor full stack deve ser capaz de hierarquizar, categorizar e classificar os elementos para simplificar a navegação. O domínio da arquitetura da informação também envolve a construção de conexões de conteúdo e a preocupação com os stakeholders da organização. Alguns exemplos de arquitetura são Clean Architecture e Arquitetura Hexagonal.
4. Conheça as pilhas de software (stacks)
Sites e aplicativos da web exigem uma coleção de componentes para que funcionem corretamente; especificamente, eles requerem um sistema operacional, um software de banco de dados, uma linguagem de programação e um servidor. Essa coleção de componentes é chamada de pilha de software (stacks), alguns exemplos de stacks:
- LAMP: uma das pilhas mais populares e confiáveis em circulação, reunindo componentes como Linux, Apache, MySQL e PHP.
- MERN: conhecida pela personalização, é baseada em JavaScript e composta de MongoDB, Express, React, Node.js.
- MEAN: é considerada a pilha de software JavaScript ideal porque agiliza muito bem o desenvolvimento de sites e aplicativos da web, construída com MongoDB, Express, Angular e Node.js.
5. Estude interface e design de projetos digitais
Além de cuidar da programação back-end, o desenvolvedor full stack deve dominar ferramentas como experiência do usuário, habilidade com banco de dados, apps mobile, infraestrutura, cloud e DevOps. O conhecimento de elementos de design visual e sonoro para construir a interface de soluções digitais também pode fazer parte do repertório, não sendo uma atribuição essencial do profissional, e sim um grande diferencial em um mercado competitivo. Isso garante versatilidade e aumenta as chances de emprego.
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