Entenda o que é uma máscara de sub-rede e como usá-la em seus projetos. 

Quando falamos em redes de computadores, um dos primeiros conceitos que todo profissional de TI ou desenvolvedor com conhecimento intermediário precisa entender é a máscara de sub-rede.  

Esse recurso faz parte de praticamente todos os cenários em que há a necessidade de organizar e segmentar redes. Dessa forma, garante-se que a comunicação entre hosts seja eficiente e que cada dispositivo seja facilmente localizado.  

Embora muitas ferramentas consigam determinar esses valores de forma automática, saber como calcular manualmente a máscara de rede continua sendo uma habilidade valiosa para quem trabalha nessa área. 

Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que é uma máscara de sub-rede, para que ela serve, quais são as classes de IP mais comuns e como fazer o cálculo manual passo a passo.  

Dessa forma, mesmo que você utilize software e roteadores que façam parte dessas configurações, terá o domínio necessário para compreender o que está acontecendo por baixo dos panos.  

Além disso, comentaremos sobre a importância de uma infraestrutura adequada quando o assunto é hospedar aplicações e sistemas que dependam de uma rede bem planejada — nesse caso, contar com um Servidor VPS bem configurado pode ser a chave para manter serviços online com estabilidade. 

Com uma boa divisão de sub-redes, é possível otimizar o uso de endereços IP, melhorar a segurança e ainda facilitar a administração de uma rede corporativa ou doméstica.  

Para empresas que dependem de diversas aplicações online, seja para e-commerce ou para serviços internos, fazer o particionamento correto de sub-redes em um servidor pode evitar riscos e falhas de conectividade.  

Hoje, qualquer pessoa que desenvolve ou administra sistemas, e que lide com redes, precisa ter pelo menos uma noção sólida desse tema. Por isso, vamos começar entendendo o que é exatamente a máscara de sub-rede. 

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    O que é uma máscara de sub-rede? 

    A máscara de sub-rede (subnet mask) é um número que, em conjunto com o endereço IP, define qual parte do IP se refere à rede e qual parte se refere ao host (dispositivo).  

    Essa informação pode aparecer como 255.255.255.0, no caso mais tradicional de redes de classe C. No entanto, há diversas variações de acordo com o tamanho da rede e o número de dispositivos que precisam ser endereçados. 

    Na prática, a função da máscara de sub-rede é permitir ao roteador — ou a qualquer equipamento de camada 3, o qual combina as funções de switch e de roteador em um único equipamento — identificar quantos bits do endereço IP servem para identificar a rede e quantos bits identificam os hosts.  

    Assim, é possível determinar quantos dispositivos podem existir na mesma sub-rede, além de facilitar o roteamento entre aquelas diferentes.  

    Essa lógica é a base da organização de redes modernas, das menores (como redes de escritórios domésticos) às maiores (como grandes corporações e provedores de serviços). 

    Quando você insere um IP no computador ou roteador, normalmente também preenche o campo “Máscara de sub-rede” ou “Subnet Mask”. Em muitos casos, o sistema operacional ou o próprio DHCP do roteador define isso automaticamente, mas entender como os bits são organizados pode ser crucial na hora de resolver problemas de conectividade. 

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    Qual é a função da máscara de rede? 

    Em termos gerais, a máscara de rede é o elemento que possibilita a subdivisão de uma rede maior em redes menores, conhecidas como sub-redes.  

    Assim, quando você tem um bloco de endereços IP, pode dividi-lo estrategicamente de acordo com as necessidades de cada local ou departamento. Isso traz benefícios como: 

    • Melhor aproveitamento dos endereços: em vez de atribuir um único range enorme a todos os hosts, segmentar impede o desperdício de IPs. 
    • Maior segurança: separar as sub-redes limita o tráfego interno. Se houver um problema de segurança em um setor, fica contido naquela sub-rede. 
    • Gerenciamento otimizado: cada sub-rede pode ter configurações específicas de QoS (qualidade de serviço), firewall, VLAN e outras políticas adequadas ao seu perfil. 

    Em grandes empresas, esse particionamento é indispensável. Imagine um ambiente com centenas ou até milhares de hosts conectados: separar tudo em sub-redes menores, com base na máscara de rede, torna o monitoramento e a manutenção muito mais simples.  

    Até mesmo em pequenas empresas ou ambientes domésticos, o uso correto da máscara evita conflitos e melhora a comunicação. 

    Tipos de classes de IP e suas máscaras de sub-rede 

    Embora hoje em dia o uso de CIDR (Classless Inter-Domain Routing) tenha flexibilizado muito a forma de dividir redes, é importante entender o conceito de classes A, B e C, que definem padrões clássicos de endereçamento IPv4.  

    Cada classe tem um range específico de IPs e máscaras de sub-rede padrão. A seguir, abordamos as classes mais comuns. 

    Tabela de sub-rede para Classe A 

    Os endereços de Classe A vão de 0.0.0.0 a 127.255.255.255. Nesse tipo de rede, a máscara de sub-rede padrão é 255.0.0.0, o que significa que o primeiro octeto (8 bits) é reservado para identificar a rede, enquanto os outros três octetos (24 bits) ficam para os hosts.  

    Isso oferece uma quantidade imensa de endereços para cada rede, mas costuma ser usado apenas por grandes organizações. 

    Exemplo de rede Classe A: 10.0.0.1, com máscara 255.0.0.0. 

    Tabela de sub-rede para Classe B 

    Os endereços de Classe B vão de 128.0.0.0 a 191.255.255.255. A máscara padrão é 255.255.0.0, indicando que os primeiros 16 bits (ou dois octetos) identificam a rede, enquanto os dois octetos restantes (16 bits) identificam os hosts.  

    Em geral, empresas de médio a grande porte utilizam a Classe B. 

    Exemplo de rede Classe B: 172.16.0.1, com máscara 255.255.0.0. 

    Tabela de sub-rede para Classe C 

    Endereços de Classe C variam de 192.0.0.0 até 223.255.255.255. Nesse caso, a máscara padrão é 255.255.255.0, ou seja, os primeiros três octetos (24 bits) definem a rede e apenas o último octeto (8 bits) fica para os hosts.  

    Essa configuração é a mais comum em redes domésticas e pequenas empresas, pois disponibiliza até 254 endereços (considerando que um IP da rede e o broadcast não podem ser usados para hosts). 

    Exemplo de rede Classe C: 192.168.1.1, com máscara 255.255.255.0. 

    Ainda: com a CIDR, é possível “quebrar” essas máscaras padrões (por exemplo, 255.255.255.192) para criar sub-redes ainda mais específicas. Porém, o entendimento básico de Classes A, B e C é fundamental para que se possa realizar o cálculo manual em qualquer situação. 

    Representação digital de um cadeado em um ambiente virtual, simbolizando segurança e proteção em redes de computadores, para representar em imagem a ideia em torno de uma máscara de sub-rede. 
    Segurança e organização de redes com máscaras de sub-rede bem definidas. 

    Como calcular a máscara de sub-rede manualmente? 

    Agora que você já entende o papel das máscaras de sub-redes e a diferença entre as classes de endereços IP, vamos ver como calcular esse valor manualmente.  

    A medida é bastante útil em redes onde você precisa otimizar o uso de endereços ou quando está planejando uma arquitetura que demande diversas sub-redes em um bloco maior de IP. 

    1. Encontre o intervalo de hosts 

    O primeiro passo é saber o número de hosts (dispositivos) que você precisa em cada sub-rede.  

    Por exemplo, se você administra uma empresa que tem 50 máquinas em determinada filial, planeje uma sub-rede que comporte pelo menos esses 50 hosts, contando ainda com uma margem de crescimento.  

    Em seguida, identifique quantas sub-redes você precisará no total. Talvez, outra filial precise de mais 30 máquinas, e assim por diante. 

    2. Converta para o sistema binário 

    Ao calcular uma máscara de sub-rede manualmente, você precisará determinar quantos bits estão sendo usados para a parte de rede e quantos bits restam para os hosts.  

    Lembre-se de que cada octeto de um endereço IPv4 possui 8 bits, e que 255 em decimal equivale a 11111111 em binário. 

    Então, por exemplo, se você tiver uma máscara de sub-rede 255.255.255.192, isso significa que nos dois últimos bits do último octeto, você possui variação para hosts (pois 192 em decimal equivale a 11000000 em binário). 

    3. Calcule o número total de hosts por sub-rede 

    Depois de saber quantos bits foram reservados para a parte de host, você pode calcular quantos endereços estarão disponíveis. A fórmula é: 

    (2n) – 2 

    Nesse caso, n é a quantidade de bits utilizados para os hosts.  

    Por exemplo, se você deixou 6 bits para o host, então terá 2^6 – 2 = 64 – 2 = 62 endereços possíveis para cada sub-rede. Lembrando que um IP é o endereço de rede e outro é o broadcast. 

    4. Calcule o número de sub-redes 

    Além de se preocupar com quantos hosts cabem em cada sub-rede, você também precisa saber quantas sub-redes poderá criar.  

    Se você “roubou” bits que antes pertenciam ao host para a parte de rede, então 2m onde m é o número de bits cedidos, vai te dizer quantas sub-redes diferentes existem. Por exemplo, se você transformou 3 bits de host em bits de rede, terá 2^3 = 8 sub-redes adicionais. 

    Esse processo de conversão e manipulação de bits é a base do Subnetting. Apesar de parecer complicado, a prática leva à perfeição. Em muitas situações, uma calculadora de sub-rede online ou o próprio roteador fazem esse trabalho.  

    No entanto, em ambientes complexos ou quando há a necessidade de combinar múltiplas faixas IP, entender esses fundamentos agiliza bastante o trabalho de configuração. 

    Agora, imagine que você precise manter diversos serviços em produção. Ter várias sub-redes bem definidas, cada uma com seu range de IP, é apenas o começo.  

    Também é preciso garantir que esses serviços tenham alta disponibilidade e bom desempenho, mesmo quando a quantidade de requisições cresce. É aí que entram soluções como o Servidor VPS da Locaweb, que permite escalonar recursos de hardware conforme a demanda.  

    Se você deseja entender qual é o melhor tipo de VPS para o seu projeto, vale a pena conferir este material sobre os melhores VPS ou, ainda, como escolher um servidor para empresa que atenda às necessidades específicas do seu negócio. 

    Além disso, compreender a lógica de sub-redes faz muita diferença quando você usa servidores virtuais para hospedar diferentes aplicações ou sites sob o mesmo ecossistema.  

    Você pode configurar cada serviço em uma sub-rede, gerenciando firewall, roteamento e políticas de segurança de modo independente, sem deixar de centralizar o controle geral do ambiente. 

    A máscara de sub-rede é um dos elementos mais importantes da arquitetura de redes IP. É por meio dela que dispositivos e roteadores sabem onde começa e termina a parte do endereço reservada para a rede e onde se inicia a porção correspondente aos hosts.  

    Entender esse conceito ajuda a solucionar diversos problemas de conectividade e permite planejar melhor o crescimento de uma infraestrutura de TI, seja numa empresa de médio porte ou em projetos pessoais mais elaborados. 

    Ao conhecer os diferentes tipos de classes (A, B e C) e suas máscaras padrão, você já inicia o caminho para identificar qual abordagem faz mais sentido para cada cenário. Ainda assim, com o CIDR, é possível fazer variações para criar um número mais adequado de hosts e sub-redes.  

    Isso se torna fundamental quando você quer organizar uma rede grande ou subdividir de forma estratégica em ambientes de produção, garantindo a escalabilidade das aplicações. 

    Portanto, recomendamos que você treine o cálculo manual dos bits para entender como as máscaras funcionam na prática.  

    Em seguida, se estiver procurando uma solução de hospedagem para projetos que requerem alto desempenho ou precisam crescer rapidamente, não deixe de avaliar um Servidor VPS.  

    Dessa forma, além de ter maior controle sobre a infraestrutura, você consegue aplicar todos os conceitos de subnetting para separar ambientes de teste, produção e serviços internos em sub-redes distintas, mantendo segurança e facilidade de gerenciamento. 

    Esperamos que este artigo tenha ajudado a esclarecer o que é a máscara de sub-rede, qual a sua função e como realizar o cálculo manual.  

    Esse conhecimento, aliado a uma boa organização de serviços em servidores virtuais, é essencial para que a rede da sua empresa ou projeto tenha alto nível de desempenho e confiabilidade. 

    Conheça o VPS Locaweb e as vantagens de usar o serviço! 

    O autor

    Rodrigo Cardoso (Pokemaobr)

    Conhecido como Poke, é Streamer (Live "Coder") na Twitch, Web Developer e apresentador do talk show "The Velopers". Com bacharelado em Matemática e MBA em SOA, Poke atua como desenvolvedor e organizador de eventos de TI. É evangelista PHPSP e criador do PokePHP, focando em disseminar conteúdos técnicos e humor para a comunidade de desenvolvedores. Nas horas vagas, ele adora se conectar com a comunidade e compartilhar seu conhecimento de maneira divertida e informativa.

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