Entenda um pouco mais sobre como os chips de computação quântica vão ajudar profissionais de diversos ramos em suas atividades de trabalho. 

Imagine um futuro em que problemas complexos, que levariam milhares de anos para serem resolvidos por computadores tradicionais, possam ser solucionados em pouco tempo.  

Esse é o potencial da computação quântica, uma tecnologia que promete transformar diversos setores, desde Inteligência Artificial (IA) até a descoberta de novos medicamentos e o seu negócio! E, claro, no centro dessa revolução estão os chips de computação quântica, componentes que viabilizam esse avanço e desafiam os limites da computação clássica. 

Vale mencionar aqui que empresas, como o Google, já estão investindo bilhões de dólares no desenvolvimento desses chips — buscando ampliar suas capacidades e torná-los comercialmente viáveis. 

Com aplicações promissoras para áreas como deep learning, gestão de vendas e segurança digital, os chips de computação quântica podem redefinir o mercado de tecnologia. Além disso, também possuem poder para impactar diretamente as principais tecnologias de marketing e soluções empresariais, incluindo o Google Workspace. 

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    O que é computação quântica e como é usado pelas empresas? 

    Computação quântica é um modelo de processamento de informação baseado nos princípios da mecânica quântica, permitindo a resolução de problemas complexos que seriam inviáveis para computadores clássicos.  

    Muitas dessas capacidades só acontecem porque os computadores quânticos utilizam qubits, que possibilitam uma capacidade de cálculo exponencialmente maior. 

    Para efeitos de comparação, a computação clássica tem como base os transistores, pequenos componentes eletrônicos que processam informações na forma de 0s e 1s. No entanto, essa tecnologia enfrenta limitações físicas: à medida que os transistores diminuem de tamanho para aumentar o desempenho dos chips, eles se aproximam de limites atômicos, tornando-se menos eficientes e gerando maior consumo de energia e calor.  

    Diferentemente desse modelo, a computação quântica utiliza qubits, que exploram princípios da mecânica quântica para realizar operações simultâneas. Por sua vez, isso permite um processamento exponencialmente mais rápido e eficiente para determinados problemas.  

    Com todas essas vantagens, não é difícil imaginar que esse potencial venha sendo explorado pelas empresas. Em vários casos, elas recorrem a essa tecnologia para desenvolver soluções avançadas em várias áreas, incluindo segurança digital, desenvolvimento de algoritmos de deep learning e otimização de gestão de vendas

    Leia mais: 

    Como funciona um computador quântico? 

    Os computadores quânticos operam de forma diferente dos convencionais, pois exploram propriedades da física quântica para realizar cálculos de maneira paralela e ainda mais eficiente.  

    Porém, para que tudo corra conforme o planejado, três conceitos fundamentais sustentam essa tecnologia

    Qubits 

    Os qubits são a unidade básica da computação quântica, funcionando de maneira diferente dos bits tradicionais.  

    Enquanto um bit clássico pode assumir os valores 0 ou 1, um qubit pode representar simultaneamente ambos os estados devido à sobreposição quântica. Dessa forma, um computador quântico pode processar um grande volume de informações simultaneamente, tornando certos algoritmos extremamente eficientes. 

    Os qubits podem ser implementados de diversas formas, incluindo circuitos supercondutores, átomos aprisionados e fótons. Partindo desse princípio, empresas como Google e IBM têm investido pesado no desenvolvimento de chips com maior estabilidade e capacidade de processamento. 

    Sobreposição 

    A sobreposição permite que um qubit exista em múltiplos estados ao mesmo tempo. Isso significa que, enquanto um bit clássico pode armazenar apenas uma informação por vez, um qubit pode guardar uma combinação exponencial de estados.  

    Esse fenômeno possibilita que computadores quânticos resolvam problemas que exigiriam milhares de anos para serem solucionados por um computador clássico. 

    Emaranhamento quântico 

    Já o emaranhamento quântico é um fenômeno em que dois ou mais qubits se tornam interdependentes, para além da distância que os separa. Quando isso acontece, é gerada uma comunicação ultrarrápida entre qubits, aumentando a velocidade dos cálculos quânticos. 

    Um ponto importante: o emaranhamento é essencial para a construção de computadores quânticos escaláveis e pode revolucionar a segurança digital, permitindo novos métodos de criptografia baseados em física quântica. 

    O que são chips de computação quântica e como funcionam? 

    Os chips de computação quântica são processadores especializados, projetados para manipular qubits e executar algoritmos quânticos de forma eficiente. Eles diferem dos chips tradicionais porque não dependem de transistores para processar informações. Em vez disso, utilizam fenômenos da mecânica quântica, como sobreposição e emaranhamento, para realizar cálculos massivamente paralelos. 

    Esses chips são construídos com materiais supercondutores e operam em temperaturas extremamente baixas. Vale mencionar, elas geralmente ficam próximas do zero absoluto (-273,15°C), para minimizar a interferência e garantir maior estabilidade dos qubits. Isso é necessário porque os qubits são extremamente sensíveis a ruídos externos, como calor e radiação eletromagnética, que podem causar erros de processamento. 

    Outro aspecto importante dos chips de computação quântica é a maneira como a informação é processada. Diferente dos processadores convencionais que seguem uma lógica binária de 0s e 1s, os chips quânticos exploram múltiplas possibilidades ao mesmo tempo, acelerando exponencialmente a solução de problemas complexos.  

    Essas possibilidades abrem caminho para aplicações revolucionárias em IA, otimização logística, simulação molecular e muito mais. 

    Atualmente, os principais desafios para o avanço desses chips incluem a necessidade de correção de erros quânticos, o aumento do número de qubits utilizáveis e a criação de algoritmos que aproveitem ao máximo seu poder de processamento.  

    Exemplos de chips de computação quântica 

    Algumas empresas já lançaram chips de computação quântica, destacando-se pelos avanços na área: 

    Sycamore 

    O chip Sycamore, desenvolvido pelo Google, possui 54 qubits e foi responsável por demonstrar a supremacia quântica ao resolver um problema específico em 200 segundos. Vale mencionar que isso é algo que levaria milhares de anos para um computador clássico. 

    Eagle 

    A IBM desenvolveu o chip Eagle, com 127 qubits, representando um avanço na capacidade de processamento quântico e possibilitando novas aplicações em pesquisa científica e IA

    Osprey 

    O Osprey, também da IBM, possui 433 qubits e é um dos chips quânticos mais avançados da atualidade, com potencial para revolucionar o mercado da computação quântica. 

    Borealis 

    Desenvolvido pela startup canadense Xanadu, o Borealis é um chip quântico fotônico que se destaca por utilizar luz em vez de eletricidade para processar informações.  

    O recurso demonstrou ser capaz de realizar uma tarefa de amostragem quântica em 36 milionésimos de segundo — algo que levaria mais de 9 mil anos para um supercomputador tradicional. 

    Zuchongzhi 

    O Zuchongzhi é um chip quântico desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da China e conta com 66 qubits.  

    A tecnologia conseguiu executar cálculos extremamente complexos em um tempo muito menor do que qualquer supercomputador existente, desafiando a supremacia quântica do Sycamore. 

    Quantinuum H1 

    Criado pela empresa Quantinuum, que surgiu como resultado da fusão entre Honeywell Quantum Solutions e Cambridge Quantum, o H1 utiliza uma abordagem inovadora com íons aprisionados, garantindo maior estabilidade e precisão nos cálculos.  

    Este é considerado um dos chips mais estáveis do mercado, com taxa de erro extremamente baixa. 

    Advantage 

    A D-Wave, uma das pioneiras na computação quântica, lançou o chip Advantage com mais de 5 mil qubits.  

    Diferente dos concorrentes, esse chip é projetado para otimização combinatória — ideal para resolver problemas logísticos complexos e simulações de materiais avançados. 

    Bristlecone 

    Antes do Sycamore, o Google desenvolveu o Bristlecone, um processador com 72 qubits que serviu como uma base de testes para melhorar a taxa de erro e aprimorar algoritmos quânticos. Ele pavimentou o caminho para a conquista da supremacia quântica pelo Sycamore. 

    Impacto da computação quântica no futuro das pequenas e médias empresas 

    Os chips quânticos têm potencial para transformar diversas áreas do conhecimento e da tecnologia, bem como as pequenas e médias empresas, para além das grandes companhias. 

    Um exemplo prático desse impacto pode ser visto na indústria farmacêutica, segmento em que a simulação de interações moleculares é essencial para o desenvolvimento de novos medicamentos.  

    Com a computação quântica, é possível modelar compostos químicos de maneira mais precisa e rápida, reduzindo o tempo necessário para a descoberta de novos tratamentos e diminuindo os custos de pesquisa e de desenvolvimento.  

    Esse avanço pode revolucionar a medicina personalizada, possibilitando a criação de terapias mais eficazes e adaptadas às características genéticas individuais dos pacientes. Entre os principais impactos, destacam-se: 

    Segurança e criptografia 

    A criptografia moderna pode ser revolucionada pela computação quântica. Algoritmos atuais de segurança podem ser quebrados rapidamente por computadores quânticos, exigindo o desenvolvimento de novas técnicas de criptografia quântica para garantir a proteção dos dados. 

    Descoberta de medicamentos 

    Os chips quânticos podem simular interações moleculares complexas, acelerando a descoberta de novos medicamentos e tratamentos médicos. Isso pode trazer avanços na cura de doenças e no desenvolvimento de terapias personalizadas. 

    Inteligência Artificial e Machine Learning 

    A computação quântica promete avanços notáveis na inteligência artificial e no Machine Learning, permitindo a análise de grandes volumes de dados com eficiência inigualável. Dessa forma, impacta diretamente o desenvolvimento de deep learning, aumentando a precisão de modelos preditivos e otimização de algoritmos. 

    Conclusão 

    Os chips de computação quântica representam um dos avanços mais promissores da tecnologia moderna.  

    À medida que os desafios técnicos são superados e os investimentos crescem, a computação quântica pode redefinir a maneira como lidamos com problemas complexos.  

    Por todo o seu conjunto, essa computação traz avanços revolucionários para a segurança digital, pesquisa científica, inteligência artificial e até serviços como o Google Workspace.  

    O futuro da computação quântica está apenas começando, e suas aplicações podem transformar completamente o mundo digital como o conhecemos. Nos próximos anos, é certo que veremos avanços na estabilidade dos qubits, na redução da taxa de erros e na criação de algoritmos otimizados para essa tecnologia. 

    E se quiser saber mais sobre o Google Workspace e as facilidades que o conjunto de aplicações oferece, acesse o site da Locaweb e saiba mais! 

    O autor

    Priscila Polidoro

    Priscila Polidoro é Analista de SEO na Locaweb, com mais de 11 anos de experiência na área Web e mais de 8 anos na área de Comunicação. Formada em Sistemas para Internet pela FMU e em Jornalismo pela UMC, possui expertise em gestão de projetos, estratégias de growth com mindset data-driven, desenvolvimento web, arquitetura da informação, metodologia ágil, marketing digital e comunicação integrada. Adora programas culturais, é gateira e está sempre buscando maneiras de integrar tecnologia e comunicação de forma eficaz.

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