Pequenos negócios podem se beneficiar dos recursos do Design System, a partir de softwares específicos

As gigantes da tecnologia como Airbnb, Uber, Microsoft, Google e IBM mudaram a forma como projetam produtos digitais incorporando seus próprios Design Systems exclusivos. Os pequenos negócios também podem se beneficiar da ferramenta, a partir de softwares específicos para elaborar o sistema de design.

O recurso reduz a lacuna entre designers e desenvolvedores para melhorar o fluxo de trabalho, reduzindo tarefas duplicadas . O Design System também contribuiu com a consistência entre plataformas e dispositivos, cria produtos mais intuitivos e permite que as equipes de diferentes setores se concentrem em resolver problemas maiores.

A seguir, conheça o que Design System e como utilizá-lo para melhorar os resultados de seu negócio.

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    O que é Design System?

    Na imagem há um template de guidelines para serem usados no design system.
    (Fonte: Google/Reprodução)

    Um Design System ou System Design é uma coleção de componentes reutilizáveis, guiados por padrões claros, que podem ser montados juntos para construir aplicações de forma equilibrada, consistente e escalável. A ferramenta pode ser comparada a um conjunto de instruções e um kit de peças de Lego para a elaboração de produtos digitais.

    O recurso fornece todas as diretrizes sobre uma marca, site, aplicativo entre outros. O documento reúne informações mais abrangentes, além de detalhes essenciais, como a aparência de um botão em um site, como ele deve funcionar e pequenos trechos de código.

    O objetivo do sistema é aumentar a eficiência no desenvolvimento de produtos. Com uma linguagem de design consistente, fica mais fácil projetar produtos em escala consistentes em estética, interface e experiência do usuário. A ferramenta também promove a colaboração, tornando mais fácil a transferência entre equipes de um projeto.

    Por que usar Design System?

    O Design System, quando bem implementado, fornece muitos benefícios para uma equipe de desenvolvimento de um produto digital. O principal benefício da ferramenta é a capacidade de replicar designs rapidamente, utilizando componentes e elementos de interface do usuário pré-fabricados.

    Como os elementos de interface do usuário mais simples já foram criados e reutilizáveis, os recursos de design podem se concentrar menos em ajustar a aparência visual e mais em problemas mais complexos, como priorização de informações, otimização de fluxo de trabalho e gerenciamento de jornadas.

    Quando as responsabilidades de design mudam ou quando as equipes se dispersam geograficamente, uma linguagem unificada reduz o desperdício de design ou tempo de desenvolvimento devido a falhas de comunicação. O sistema cria consistência visual entre produtos, canais e departamentos que podem estar isolados.

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    Como funciona o Design System?

    O Design System funciona como um guia definitivo para o design de uma empresa. O documento deve ser consultado para a construção de novas interfaces e configurações dos produtos desenvolvidos. O sistema deve ser atualizado de acordo com as novas diretrizes e regras adotadas, garantindo o alinhamento entre todas as equipes.

    Diante de tantas informações, a ferramenta pode se tornar extensa e confusa. Para ser funcional, o documento precisa ser claro, simples e de fácil entendimento. Cada empresa pode desenvolver seu próprio Design System, entretanto, existe uma estrutura comum, com os elementos abaixo.

    Para facilitar o entendimento dessa estrutura, é necessário entender alguns conceitos:

    • Biblioteca de Padrões (Pattern Library): conjunto de componentes que atuam como um vocabulário para a construção de produtos digitais, como formulários, botões, blocos de texto, chamadas para ação (CTAs).
    Na imagem há um exemplo de biblioteca de padrões (Pattern Library).
    (Fonte: BBC/Reprodução)
    • Guia de Estilo (Style Guide): documento que contém diretrizes de design para cada elemento de design usado repetidamente, como elementos de identidade visual, ícones, componentes de interface e seus estados.
    Na imagem há um exemplo de Guia de Estilo (Style Guide).
    (Fonte: Channel 4/Reprodução)

    Guidelines: conjuntos de recomendações sobre como aplicar princípios de design para fornecer uma UX positiva.

    Há exemplos de Guidelines para Design System.
    (Fonte: NASA/Reprodução)

    Diferenças entre Design System, Style Guide e Pattern Library

    O Design System pode ser confundido com o Style Guide e a Pattern Library, pois todos garantem que o processo de design do produto seja realizado de forma rápida e eficiente. As três ferramentas colaboram para a criação de produtos escaláveis mais rapidamente, mantendo uma experiência de usuário consistente.

    Contudo, o Pattern Library é apenas um repositório de componentes de design de interface de usuário (UI Design), enquanto o Style Guide se limita a uma diretriz sobre a parte visual da interface. Por sua vez, o Design System abrange os dois recursos anteriores e evolui de acordo com o desenvolvimento do produto.

    Como implementar o Design System?

    O Design System deve ser implementado a partir de uma auditoria visual do produto, para analisar as interfaces, elementos e relação entre eles à procura de inconsistências. A partir disso, é possível criar uma linguagem visual com cores, tipografia, uso do espaço, imagens e ilustrações e uma Pattern Library, eliminando os componentes desnecessários.

    Para finalizar, é necessário criar uma documentação com a indicação de todas as diretrizes e regras sobre o que pode ser feito ou não, instruções para atualização das informações e a descrição dos processos de comunicação envolvidos. O Design System deve ser aprimorado de acordo com a evolução do desenvolvimento do produto.

    Veja exemplos de como grandes empresas implementaram seus Design Systems.

    1. Google

    Exemplo de Design System do Google
    (Fonte: Google/Reprodução)

    O Material Design, introduzido em 2014 pelo Google, inspirou muitas outras empresas a adotar seus próprios sistemas de design. Os componentes são criados para imitar o mundo físico e suas texturas. A ideia é que, quando os componentes se comportam como objetos do mundo real, eles se tornam mais familiares e previsíveis, reduzindo a carga cognitiva dos usuários.

    2. Apple

    Template do Design System da Apple
    (Fonte: Apple/Reprodução)

    As diretrizes de Interface Humana da Apple que têm como público-alvo os desenvolvedores de aplicativos distribuídos pelas plataformas macOS, iOS, watchOS e tvOS. A companhia oferece uma biblioteca de recursos com arquivos Sketch, Photoshop e Adobe XD, que abrigam especificações e elementos de UI, além de tutoriais para usar a ferramenta.

    3. Microsoft

    Template do Design System da Microsoft.
    (Fonte: Microsoft/Reprodução)

    Inspirado também no mundo físico, o Fluent foi desenvolvido pela Microsoft em 2017. O documento contempla uma coleção de estruturas de UX e componentes de interface do usuário, bem como uma abordagem de design unificada e um conjunto consistente de comportamentos de interação para criar experiências coerentes entre plataformas.

    4. Adobe

    Template com o Design System da Adobe.
    (Fonte: Adobe Spectrum/Reprodução)

    Disponível ao público desde 2019, o Spectrum estabelece uma experiência comum dentro da família de aplicativos da Adobe. Com ele, o usuário pode usar qualquer software sabendo como navegar em sua UI. O sistema permite uma experiência em todas as plataformas. Assim, um projeto iniciado no iPad pode ser finalizado no computador ou telefone.

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    O autor

    Juliana Fernandes

    Ju é jornalista e Analista de Conteúdo na Locaweb, com especialização em Gestão de Conteúdo para Mídias Digitais pelo Senac. Há mais de 15 anos, vem construindo sua trajetória profissional no mundo da comunicação. Atuando em frentes como: produção de conteúdo, gestão de redes sociais e assessoria de imprensa. Sua paixão pelo jornalismo a motiva a contar histórias de maneira envolvente e a adaptá-las para diferentes canais e públicos. Acredita no poder das boas narrativas para transmitir mensagens relevantes. Com um olhar atento e curioso, está sempre em busca de novas ferramentas para desenvolver estratégias personalizadas que conectem marcas e pessoas.

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