O trabalho freelancer está crescendo em todo o mundo, e o marketing digital responde por mais da metade desse mercado no Brasil

O modelo freelancer é uma tendência em todo o mundo devido ao trabalho remoto, as ferramentas online de comunicação, a mudanças para cidades menores e à busca de flexibilidade. O setor de marketing digital é um dos mais beneficiados por esse movimento e responde por mais de 60% de trabalhadores na modalidade, conforme relatório da Rock Content.

A pandemia de covid-19 levou milhões de pessoas a abandonar o mercado de trabalho tradicional em busca da modalidade freelancer. Metade dos profissionais deixou empregos para se tornar autônoma, de acordo com o estudo global The State of Freelancing, elaborado pela GrowTal em parceria com a Opinium.

Mas não só os profissionais estão aderindo à tendência. A McKinsey ouviu 800 executivos de diferentes países e descobriu que quase a metade planeja aumentar o uso dessa modalidade de trabalho após a pandemia, com 70% das empresas afirmando que têm a intenção de aumentar a base de freelancers.

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    Como funciona o trabalho de freelancer?

    mulher trabalhando com um notebook.
    (Fonte: Fauxels/Pexels/Reprodução)

    Freelancer é um profissional que trabalha de maneira autônoma, sem vínculo empregatício, oferecendo serviços para empresas ou clientes de forma independente. Podem trabalhar em casa ou em outro local, como escritórios de coworking. Uma das grandes vantagens dessa modalidade é escolher os projetos em que se deseja atuar.

    Em geral, o trabalho autônomo exige muita disciplina e autogestão, pois há responsabilidade de gerenciar todos os aspectos da atividade profissional, incluindo a busca por novos clientes e projetos. No entanto, a liberdade e a flexibilidade de trabalhar como freelancer também podem ser atraentes para muitas pessoas.

    Esse tipo de profissional precisa dominar habilidades técnicas específicas da atividade, além de ter conhecimento mínimo de gestão para desempenhar as atividades de maneira eficiente e cumprir prazos. Também é comum que freelancers precisem se preocupar com questões financeiras, como cobranças, faturamento e contabilidade.

    Quanto cobrar por um serviço freelancer?

    homem trabalhando com um notebook
    (Fonte: Tony Schnagi/Pexels/Reprodução)

    A precificação do trabalho é uma das maiores dúvidas de freelancers. Definir o valor dos serviços é um dos maiores desafios de prestadores de serviço de marketing na internet, como aponta o Panorama das Agências Digitais. Contudo, essa definição é fundamental para a sustentabilidade financeira de profissionais autônomos.

    Antes de começar um trabalho, é necessário estabelecer claramente os termos, incluindo o prazo de entrega, o preço e as expectativas de pagamento. Alguns profissionais autônomos cobram por hora, enquanto outros cobram por projeto. O valor deve variar de acordo com a complexidade do trabalho e a experiência do freelancer.

    É importante destacar que a precificação do serviço e o valor cobrado podem ser diferentes. Enquanto a precificação é uma abordagem objetiva, baseada em custos e estratégia de mercado, o valor é uma avaliação subjetiva. A precificação estabelece um preço, enquanto o valor define o quanto um produto ou serviço é útil ou importante para o cliente.

    Veja os principais passos para determinar um preço justo e eficiente para o trabalho freelancer.

    1. Descubra quais são os custos

    É preciso conhecer os gastos fixos e variáveis, como tempo de execução, água, luz, internet e aquisição de equipamentos e serviços para saber o valor real de cada projeto. É necessário também considerar os custos pessoais, afinal não vale a pena trabalhar de forma autônoma se não der para pagar todas as contas.

    2. Considere trabalhos que parecem ocultos

    Autônomos têm de considerar que antes e depois de um trabalho existem outras atividades que devem ser realizadas, como prospecção e atendimento a clientes. Pode parecer irrelevante, mas muitas vezes o tempo dedicado à entrega do projeto em si pode ser menor do que o que é gasto para consegui-lo.

    3. Inclua impostos

    Tanto freelancers pessoas físicas quanto pessoas jurídicas devem pagar impostos. Entre os tributos estão: Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Serviços (ISS), contribuições com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A modalidade microempreendedor individual (MEI) é uma forma mais simplificada, pois estabelece um valor mensal fixo de pagamento de todos os impostos.

    4. Lembre-se de férias e momentos de descanso

    Trabalhadores com carteira assinada têm direitos garantidos, como fins de semana sem trabalho e férias remuneradas. Autônomos não têm esses benefícios por lei, mas também precisam de momentos de descanso, por isso deve-se considerar no cálculo de preço um período para se afastar das atividades profissionais.

    5. Separe recursos para investimentos

    Profissionais devem se manter atualizados, tanto em conhecimento quanto em equipamentos. Para tanto, é necessário investir recursos e tempo. Por isso, quando for cobrar o serviço de marketing, separe uma parte do valor para reinvestir na atividade.

    6. Verifique o que está sendo cobrado no mercado

    Para ter sucesso como autônomo, não apenas leve em conta todos os custos internos, mas também entenda as tarifas praticadas no mercado em que você atua.

    É importante ressaltar que não é obrigatório igualar aos preços dos concorrentes. Em algumas situações, estabelecer preços abaixo da média de mercado pode ser uma estratégia eficaz para conquistar clientes, especialmente como uma tática de entrada no mercado. Por outro lado, serviços que se destacam e oferecem resultados excepcionais podem justificar a prática de preços mais elevados.

    7. Defina o valor da hora trabalhada

    Como as atividades de marketing são essencialmente serviços, o tempo é o principal recurso do freelancer. Portanto, depois de considerar todos os fatores anteriores, profissionais devem calcular quanto tempo vão dedicar para o projeto e o valor total dele. Com isso, podem estabelecer o valor da hora trabalhada e avaliar se um projeto vale a pena.

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    O autor

    Juliana Fernandes

    Ju é jornalista e Analista de Conteúdo na Locaweb, com especialização em Gestão de Conteúdo para Mídias Digitais pelo Senac. Há mais de 15 anos, vem construindo sua trajetória profissional no mundo da comunicação. Atuando em frentes como: produção de conteúdo, gestão de redes sociais e assessoria de imprensa. Sua paixão pelo jornalismo a motiva a contar histórias de maneira envolvente e a adaptá-las para diferentes canais e públicos. Acredita no poder das boas narrativas para transmitir mensagens relevantes. Com um olhar atento e curioso, está sempre em busca de novas ferramentas para desenvolver estratégias personalizadas que conectem marcas e pessoas.

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