Começar um e-commerce é o caminho que muitos empreendedores têm encontrado para realizar o desejo de ter um negócio de sucesso.
É embarcando no sucesso crescente do setor de vendas online que muitas pessoas estão conseguindo alcançar de forma mais direta públicos interessados e obter ganhos mais sustentáveis do que um negócio tradicional.
As perspectivas para quem decide apostar no digital são bastante otimistas.
Dados mostraram, por exemplo, que as vendas no mês de janeiro de 2022 foram 20,56% maiores do que no mesmo período do ano de 2021.
Se você chegou a este artigo porque quer entender todos os passos para entrar no mercado de e-commerce com confiança e mais chances de sucesso, continue a leitura e acompanhe todas as dicas que vamos compartilhar.
Ao longo do texto, você vai entender como definir seu nicho e seu público, como organizar toda a parte burocrática da empresa e como escolher as melhores tecnologias para serem suportes para seu trabalho e atendimento de clientes.
Boa leitura!
1. Escolha um nicho de mercado
Ao decidir ter um negócio online, um dos primeiros pensamentos de quem empreende é que tipo de produto vai vender.
Em muitos casos, o desejo de montar um e-commerce parte, inclusive, da vontade de trabalhar com um nicho específico.
No entanto, apenas o desejo de atuar em um segmento não deve ser o único ponto a se considerar para começar a vender pela internet.
Entrar em um nicho de mercado deve ser um passo calculado e fruto de estudos sobre concorrência e sobre as possibilidades de lucros.
Para escolher um nicho de mercado na hora de abrir um e-commerce, algumas dicas são:
- entender quais segmentos de mercado você já se interessa;
- compreender seu nível de conhecimento sobre seus nichos de interesse e o quão complexos eles são;
- definir se você quer apostar em um nicho específico ou focar em um público mais amplo;
- analisar as concorrências desse nicho, quais são fortes e se há espaço para mais negócios no ramo;
- entender se os produtos que você quer vender são habitualmente comprados pela internet.
Uma forma excelente de pensar está no livro “A Estratégia do Oceano Azul”, de W. Chan Kim.
Resumidamente, o autor explica que um mercado saturado, com muita concorrência, é um oceano vermelho, muito mais desafiador de navegar. Enquanto isso, um oceano azul é um mercado pouco explorado e com muitas possibilidades de resultados positivos.
Por isso, que tal encontrar o seu oceano azul?
2. Conheça seu público
Depois de estudar e definir seu nicho de mercado, é hora de entender quem será seu público-alvo, ou seja, quem são as pessoas que se interessam pelo que você vai vender.
Para aumentar suas chances de bons resultados ao criar um e-commerce, o melhor é ir além de uma visão superficial sobre seu público-alvo e fazer um estudo de personas.
Criar uma ou algumas personas para seu e-commerce vai te ajudar a ter um conhecimento muito mais específico.
Você pode partir do princípio de quais problemas essa persona tem em seu dia a dia e que seu negócio online pode ajudar a resolver.
Uma pessoa que tem o problema de estar em forma, mas vive uma rotina corrida, pode ser muito auxiliada por uma loja de suplementos online que tem uma consultoria personalizada para escolha dos produtos, por exemplo.
Além disso, enquanto a definição de público-alvo é bem ampla e massiva, a definição de persona quer justamente personificar a pessoa que vai comprar seus produtos.
Você pode descobrir que a persona da loja de suplementos que demos como exemplo é um homem, de 35 anos, que vive em uma grande capital, trabalha muitas horas por dia em um escritório e malha à noite. Quer melhorar seu desempenho no treino, mas não tem tempo para ir à uma loja durante o dia.
Uma dica final: para definir sua persona com precisão, você pode fazer entrevistas com pessoas reais que consumiriam seu produto.
3. Regularize sua empresa
Você não pode começar um e-commerce ou mantê-lo de forma ilegal, sem regularização. Para evitar problemas, o melhor é ter todas as burocracias resolvidas antes mesmo de lançar seu site de vendas online.
Estamos falando de:
- se tornar pessoa jurídica, dando entrada em um CNPJ;
- contratar um contabilista para definir seu regime de impostos como microempreendedor individual (MEI), microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP), dependendo do seu faturamento estimado;
- fazer o registro da sua empresa para adquirir o Número de Identificação do Registro de Empresa (NIRE);
- obter um alvará de funcionamento;
- registrar a marca da sua empresa junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI);
- registrar o domínio do seu e-commerce (falaremos disso adiante).
4. Conheça a legislação
Mais um passo importante é estudar a legislação ligada à venda em lojas virtuais. Assim como lojas físicas, existem boas práticas para o comércio eletrônico, com direitos e deveres por parte de quem empreende e de quem consome.
Ao montar um e-commerce, você pode ter em vista dois documentos essenciais ligados à legislação. Um deles é o Código de Defesa do Consumidor e outro é a Lei do E-commerce.
Observando principalmente a Lei do E-commerce, você vai notar que existem regras como:
- obrigatoriedade de deixar à vista no site todas as informações sobre o registro da sua empresa;
- necessidade de ter um suporte sempre disponível ao cliente;
- direito do cliente de se arrepender da compra e devolver em até sete dias.
5. Registre seu domínio
O seu site é a sua loja virtual, por isso, é essencial que ele seja não apenas esteticamente bonito e tenha boa usabilidade para clientes: também é preciso que ele seja registrado com um domínio que faça sentido para sua marca e possa ser usado pelos visitantes com segurança.
Quando você definir sua marca ao iniciar um e-commerce, o ideal é que, paralelamente, consulte o site Registro.br para entender se aquele nome pode ser usado em uma URL de site.
Com um nome livre, o passo seguinte é usar esse mesmo site para informar seus dados pessoais e dados do seu servidor para, assim, registrar o domínio. A taxa de registro é paga anualmente e fica em torno de R$ 30.
Com o registro de domínio feito, você pode usá-lo por 12 meses e contratar um serviço de hospedagem para deixar o site rodando.
6. Escolha a sua plataforma de e-commerce
Criar um site de vendas do zero é bastante trabalhoso e complexo de manter. Por isso, ao abrir um e-commerce, o ideal é adotar uma plataforma de e-commerce.
Além de oferecer toda a infraestrutura de vendas para que você molde o design do site a seu gosto e cadastre seus produtos, uma plataforma também é uma ferramenta de centralização do seu negócio virtual, concentrando rotinas de pagamento, estoque e atendimento em um só lugar.
Na hora de escolher uma ferramenta como essa, é muito importante se atentar a que tipo de benefícios ela pode oferecer e como suas configurações vão impactar o desempenho do seu negócio e seu dia a dia de gestão.
Você pode observar:
- como é a usabilidade sob o ponto de vista do usuário que vai entrar no site: se a disposição dos produtos na página é amigável, se o site tem uma estética clean, se os botões estão bem posicionados etc.;
- como é a usabilidade no ponto de vista da gestão de e-commerce: é fácil entender sobre as vendas, o estoque e o atendimento?
- se a plataforma permite integração com marketplaces: assim, caso deseje, você pode vender também dentro de grandes lojas como Americanas, Magazine Luiza e Amazon;
- como é a integração com serviços de pagamento: afinal, quanto mais formas de pagamento disponíveis, maior a facilidade de seus clientes fecharem a compra;
- se a plataforma oferece relatórios que vão te ajudar a tomar melhores decisões no seu negócio;
- como a plataforma pode ajudar seu e-commerce a ranquear melhor no Google,usando SEO;
- outras integrações que podem te ajudar, como redes sociais, ferramentas de gestão de times etc.
7. Encontre os melhores fornecedores
Está na hora de pensar sobre um dos pontos mais importantes de quem vai começar um e-commerce: os produtos que serão vendidos.
Para isso, é necessário dar um passo atrás e começar a busca pelos melhores fornecedores.
Para isso, você pode considerar três pilares ao escolher fornecedores: qualidade dos produtos oferecidos, preço dos produtos e confiabilidade do fornecedor.
Uma boa estratégia é fazer uma pesquisa extensa em que você consiga avaliar e comparar esses três fatores.
Em seguida, separando os fornecedores mais confiáveis, você consegue negociar preços e vantagens para entender quais fontes te darão o melhor custo-benefício.
Lembre-se de que essa é uma parceria diretamente ligada a quanto sua loja vai conseguir operar com rapidez na reposição de estoque e em vendas com preços competitivos.
8. Tenha um bom planejamento de estoque
Por falar em estoque, seu e-commerce precisa de uma estratégia sólida de estoque, em que você tenha total controle e visibilidade sobre os produtos que estão prontos para ser vendidos, aqueles que estão chegando ao fim e os que já acabaram e precisam de reposição.
Iniciar um e-commerce mapeando e definindo processos de estoque é o melhor caminho para que você não tenha problemas com isso no futuro.
Entender como serão feitas as entradas e saídas da sua loja, como será o registro, as datas para fazer compras e a quantidade de cada produto que você precisa ter: todas essas são questões importantes que você deve pensar.
Como falamos, usar uma plataforma de e-commerce traz vantagens inclusive nesse aspecto. Isso porque ela integra e automatiza todas as saídas de produtos, de acordo com as vendas que você faz.
Em um mesmo lugar, você conseguirá observar quais são os números de produtos no estoque, que tipos de peças são mais vendidas e entender se é necessário fazer reposição.
Uma alternativa também é iniciar vendendo sem ter estoque próprio, para isso existem as modalidades de Dropshipping e Cross-docking.
9. Ofereça os melhores meios de pagamento
Hora de falar de pagamentos.
É claro que pensar nos valores entrando na conta da sua empresa é animador, no entanto, não se esqueça de pensar sempre no processo de pagamento sob a ótica do consumidor no seu site.
Não encontrar o método de pagamento ideal para aquele momento é um dos fatores que mais faz com que clientes abandonem o carrinho e desistam da compra. Por isso, é necessário oferecer o máximo de opções para seus clientes.
Atualmente, isso inclui diversas possibilidades, como:
- boleto bancário;
- cartão de crédito com parcelamento sem juros;
- Pix;
- cartão de débito;
- integração com carteiras digitais, como AME e PicPay.
Uma boa plataforma de e-commerce vai oferecer integrações prontas para as formas de pagamento mais usadas.
Com isso, basta você entender como cada forma de pagamento impacta no seu faturamento, por exemplo, o tempo de recebimento do valor e as taxas aplicadas em cima de cada modelo.
Com isso, você consegue evoluir a oferta dos seus produtos, afinal, vai entender em quais métodos de pagamento é possível oferecer um desconto mais atrativo.
10. Faça o planejamento da parte logística e frete
Ao pensar na logística para abrir um e-commerce, é preciso ter em mente fatores como tornar os custos do processo mais baixos ao mesmo tempo que acelera o tempo de entrega para seus clientes.
Sabemos que prazos de entrega baixos são extremamente atrativos, principalmente em um cenário em que grandes marcas oferecem entregas no dia seguinte ou até no mesmo dia.
Como alcançar esse equilíbrio perfeito entre baixos custos e alta velocidade?
Novamente,o mapeamento de processos será seu grande aliado nesse momento. Você precisa entender a fundo como cada etapa logística pode ser aperfeiçoada, incluindo pontos como:
- recebimento e conferência dos produtos de fornecedores;
- organização do estoque físico e registro no estoque digital;
- previsibilidade de compras e de quando produtos vão acabar;
- processo de receber o pedido, pegar no estoque, embalar para envio;
- geração de NFe e envio ao correio ou transportadora, com rastreamento;
- logística reversa, para trocas e devoluções.
É verdade que são muitos processos. Nesse caminho, a organização é essencial, assim como contar com boas parcerias. Isso inclui tanto a tecnologia usada para organização quanto a definição de qual transportadora usar.
Lembre-se de que quanto mais fluidos e planejados forem esses processos, melhores valores de frete e tempo de entrega você vai conseguir oferecer. E isso certamente conta como um grande diferencial para o seu público.
11. Cuide do atendimento ao cliente
Quando pensamos no e-commerce brasileiro atualmente, sabemos que existem milhares de empreendedores tentando o sucesso.
A concorrência é grande, principalmente nos nichos mais comuns. Com isso, estratégias de diferenciação precisam estar presentes no seu planejamento.
Uma das suas apostas para se destacar ao começar um e-commerce pode ser investir em um atendimento de qualidade.
É claro que um bom atendimento é pré-requisito. No entanto, se ele for ao mesmo tempo otimizado e humanizado, certamente vai ganhar a confiança dos seus clientes.
Quando falamos de um atendimento otimizado, estamos falando de uma organização processual para você e sua equipe de atendimento. É preciso entender como os tickets vão ser recebidos, ordem de prioridade de resposta e automatizações para perguntas feitas frequentemente.
Otimização também envolve poder receber tickets vindos de diversos canais em um local só, e nisso a plataforma de atendimento pode ajudar.
Já no sentido de humanizar seu atendimento, é preciso pensar em como o cliente quer ser atendido.
Não estamos falando apenas do tom de voz da sua marca ou de conseguir resolver os problemas, mas também de entender em quais canais ele prefere conversar com sua marca.
É necessário oferecer diversas opções de contato, seja por chat, redes sociais, aplicativos de mensagens, telefone ou e-mail. Quando isso acontece, seu negócio se torna omnichannel, ou seja, presente em diversos canais, mas com uma lógica unificada de atendimento.
12. Entenda as métricas do seu e-commerce
Outro ponto que é muito importante entender a fundo ao começar um e-commerce é sobre as métricas que você vai acompanhar para mensurar os resultados do seu negócio digital.
A plataforma de tecnologia que você vai usar para gerenciar sua loja virtual vai oferecer relatórios com diversos números relacionados ao desempenho do seu site. Mais do que acompanhá-los, é essencial entender o que eles significam na prática e como você pode aperfeiçoar processos para melhorar esses indicadores.
Algumas métricas que você pode acompanhar no seu e-commerce são:
- ROI: calcular o retorno sobre investimento é essencial para iniciar o e-commerce. É importante ter previsibilidade de quanto vai retornar sobre o valor investido no início do negócio e em quanto tempo acontecerá esse retorno;
- taxa de conversão: aponta quantos visitantes do seu site se tornaram clientes e pode te ajudar a tornar o processo de compra mais fluido ou reajustar preços;
- tráfego: a quantidade de pessoas que entrou no e-commerce pode direcionar você a melhores estratégias de SEO e de divulgação;
- ticket médio: a média de gastos que cada cliente tem no seu site pode trazer ideias sobre como sugerir produtos em uma mesma compra ou dar desconto em combos.
Com tantas informações e dicas, você agora tem um preparo muito mais sólido para iniciar um e-commerce com segurança. Lembre-se de que estudo e planejamento sobre todos os tópicos abordados aqui são fundamentais para que você tenha sucesso.
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